O presidente chinês, Xi Jinping, disse nesta sexta-feira que a China está disposta a coordenar estreitamente com a Nova Zelândia para promover conjuntamente a paz, a estabilidade, o desenvolvimento e a prosperidade na região dos países insulares do Pacífico.
A política da China para os países insulares do Pacífico sempre visa buscar a paz, o desenvolvimento e a cooperação, explicou Xi em sua reunião com a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, à margem da 29ª Reunião de Líderes Econômicos da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC).
A paz é a busca mais incessante da China. O país nunca buscou a hegemonia na história; não está fazendo isso agora e nunca o fará no futuro, sublinhou.
Sobre as relações China-Nova Zelândia, Xi exaltou que aprecia muito o fato de a primeira-ministra Ardern ter indicado em muitas ocasiões que a Nova Zelândia adota uma política externa independente; a sua relação com a China é uma das mais importantes do país e há interesses comuns sobre os quais a Nova Zelândia e a China podem e devem cooperar.
Observando que este ano marca o 50º aniversário dos laços diplomáticos entre os dois países, Xi lembrou que esse relacionamento manteve um crescimento saudável e estável nas últimas cinco décadas. A cooperação bilateral em vários domínios trouxe benefícios para os dois povos e contribuiu para a paz, a estabilidade e a prosperidade na região.
Ele salientou que a China considera a Nova Zelândia uma importante parceira e amiga, pedindo que ambos os lados se inspirem na história e continuem a se esforçar para serem os primeiros, de modo a promover a parceria estratégica abrangente entre os dois países.
Xi observou que, com diferentes sistemas sociais, estágios de desenvolvimento, histórias e culturas, é natural que a China e a Nova Zelândia tenham diferenças em algumas questões, mas essas diferenças não devem ser permitidas a definir ou afetar as relações bilaterais.
Como parceiras estratégicas abrangentes, a China e a Nova Zelândia devem aumentar a comunicação e a confiança mútua e acomodar os interesses essenciais e as principais preocupações uma da outra para garantir que esse relacionamento seja sustentável e cresça no caminho certo, enfatizou.
Ele pediu que ambos os lados aprofundem seus intercâmbios e cooperação em áreas como economia e comércio, ciência e tecnologia e educação, e implementem bem o atualizado acordo bilateral de livre comércio e o Acordo de Parceria Econômica Abrangente Regional.
Xi destacou que é importante preservar e levar adiante o espírito de Rewi Alley, apoiar um diálogo mais forte e intercâmbios em níveis subnacionais, entre o público em geral e entre as gerações mais jovens, de modo a fortalecer sua amizade interpessoal.
Como tanto a China quanto a Nova Zelândia são defensoras e beneficiárias do multilateralismo e do livre comércio, esforços devem ser feitos para manter a direção certa da globalização econômica, promover a liberalização e a facilitação do comércio e investimento e enfrentar conjuntamente as mudanças climáticas e outros desafios globais, expressou Xi.
Por sua parte, Jacinda Ardern lembrou a visita de Xi à Nova Zelândia em 2014, uma memória vívida de muitos no país, e seu encontro com o presidente chinês durante sua visita à China em 2019.
Ela observou que a Nova Zelândia tem uma longa história de amizade e intercâmbios com a China. Apesar do impacto da COVID-19, as relações bilaterais mantiveram um forte impulso de crescimento.
Os dois lados precisam aproveitar o 50º aniversário dos laços diplomáticos como uma oportunidade para fazer um balanço do passado, melhorar os intercâmbios de alto nível e aprofundar a cooperação em áreas como economia e comércio, educação e resposta climática, apontou ela.
A primeira-ministra elogiou muito os pontos importantes propostos por Xi na Reunião de Líderes Econômicos da APEC e agradeceu-lhe pelos discernimentos que compartilhou.
Ela disse que a Nova Zelândia vê a China como uma parte-chave no mundo futuro de progresso e prosperidade, defende a política de Uma Só China e está comprometida em intensificar a comunicação e a compreensão mútua com o país asiático.
Ardern garantiu que a Nova Zelândia está pronta para ter intercâmbios profundos com a China sobre assuntos do Pacífico Sul e contribuir para a prosperidade e a estabilidade na Ásia-Pacífico.
