Para evitar estereótipos racistas e estigmatização, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou na segunda-feira (28) que o vírus da varíola dos macacos seja renomeado como "mpox".
Ambos os nomes - mpox e varíola dos macacos- serão usados simultaneamente por um ano, enquanto o último é eliminado gradualmente, disse a OMS em um comunicado à imprensa. A mudança ocorre depois que vários indivíduos e países levantaram preocupações em várias reuniões e pediram à OMS que propusesse uma maneira de mudar o nome.
O período de transição de um ano serve para mitigar as preocupações dos especialistas sobre a confusão causada por uma mudança de nome em meio a um surto global, dando tempo para concluir o processo de atualização da Classificação Internacional de Doenças (CID) e atualizar as publicações da OMS.
Uma placa é exibida na janela de um local de vacinação contra a varíola dos macacos em Nova York, Estados Unidos, em 6 de setembro de 2022.
Em julho, a OMS declarou oficialmente o surto de varíola dos macacos, em vários países fora das áreas endêmicas tradicionais na África, uma emergência de saúde pública de interesse internacional, o mais alto nível de alerta que a autoridade de saúde global pode emitir.
É responsabilidade da OMS atribuir nomes a doenças novas e existentes por meio de um processo consultivo, que inclui os estados membros da OMS. A consulta sobre a varíola dos macacos envolveu representantes de autoridades governamentais de 45 países diferentes, afirmou.
Segundo a OMS, até sábado, 110 Estados membros haviam relatado 81.107 casos confirmados em laboratório e 1.526 casos prováveis, incluindo 55 mortes. A maioria dos casos relatados nas últimas quatro semanas foi na América (92,3%) e na Europa (5,8%). O número de novos casos relatados semanalmente em todo o mundo diminuiu 46,1% na semana de 21 a 27 de novembro.
