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Cúpula China-Estados Árabes abre novas perspectivas para a construção de comunidade com futuro compartilhado

Fonte: Xinhua    12.12.2022 09h00

A Cúpula China-Estados Árabes e a Cúpula China-Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), dois eventos inéditos na história sino-árabe, foram realizadas em Riad com sucesso na última sexta-feira com a presença do presidente chinês, Xi Jinping, e de mais de 10 líderes árabes.

As cúpulas marcantes produziram resultados frutíferos entre a China e os Estados árabes. O presidente chinês também elaborou sobre a construção de uma comunidade sino-árabe com um futuro compartilhado na nova era.

Os observadores consideram os eventos oportunidades para elevar as relações China-Estados Árabes e China-CCG a novos patamares, para fortalecer a cooperação futura, promover a segurança e o desenvolvimento comuns, e para avançar ainda mais o diálogo entre as civilizações.

 

SEGURANÇA PARA TODOS

Em ambas as cúpulas, a China e os países árabes reafirmaram seus compromissos de contribuir conjuntamente com mais energia positiva para manter a paz e a estabilidade regionais e globais.

Em seu discurso na cúpula China-CCG, Xi pediu que os dois lados se tornem parceiros na promoção da unidade, do desenvolvimento, da segurança e das civilizações.

Após a visita de Estado de Xi à Arábia Saudita na última sexta-feira, a China e o reino emitiram uma declaração conjunta. Os dois lados reiteraram que continuarão apoiando firmemente os interesses essenciais um do outro, apoiando-se mutuamente na salvaguarda da soberania nacional e da integridade territorial e defendendo conjuntamente o princípio da não interferência nos assuntos internos de outros países, além de outras normas básicas que regem o direito internacional e as relações internacionais.

"Não há contradição entre a China e os Estados árabes na realização dos objetivos estratégicos uns dos outros. Cada lado tem suas próprias políticas que são relativamente semelhantes em termos de trabalhar para alcançar a paz mundial", disse Samaa Soliman, membro do Comitê para Assuntos Árabes e Relações Exteriores do Senado do Egito.

"Os dois lados têm consensos sobre a estabilização da paz no Oriente Médio, a solução pacífica dos conflitos regionais, o aprimoramento dos meios de combate ao terrorismo e o aprofundamento dos benefícios da Iniciativa de Cinturão e Rota (ICR) da China", disse Soliman.

Observando que os países árabes devem dar grande importância às visões de paz regional da China, Mazen Shamieh, ex-ministro assistente do Ministério das Relações Exteriores da Palestina, classificou a Cúpula China-Estados Árabes como uma oportunidade para implementar as visões da China oferecendo novas oportunidades para a solução da questão do Oriente Médio.

 

DESENVOLVIMENTO COMUM

Ao longo dos anos, a China e o mundo árabe vêm buscando em conjunto um desenvolvimento comum produtivo através de uma cooperação mutuamente benéfica em várias áreas.

Entre os países árabes, 20 assinaram com a China documentos de cooperação do Cinturão e Rota, 17 expressaram apoio à Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG), e 15 tornaram-se membros do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura. Sob a estrutura do Fórum de Cooperação China-Estados Árabes, 17 mecanismos de cooperação foram lançados para expandir e substanciar a agenda de cooperação. Além disso, a China continua sendo a maior parceira comercial do CCG e o maior mercado de exportação de produtos petroquímicos.

Tal cooperação eficiente, de acordo com os observadores, será ainda mais avançada após as duas cúpulas, pois a China e os países árabes prometeram intensificar os esforços para liberar o potencial de cooperação e cultivar novos motores de crescimento para o desenvolvimento comum.

Em seu discurso na cúpula China-CCG, Xi pediu esforços conjuntos com os países do CCG para expandir novas áreas de cooperação em inovação e ciência e tecnologia, dizendo que a China está pronta para trabalhar com os Estados do CCG para construir um centro de big data e computação em nuvem, fortalecer a cooperação técnica em 5G e 6G e construir um lote de incubadoras para inovação e empresas start-up, entre outros.

Este país árabe apoia a IDG e espera participar da cooperação da IDG e contribuir para acelerar a implementação da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, de acordo com a declaração conjunta China-Arábia Saudita.

Nasser Abdel-Aal, professor da Universidade Ain Shams do Egito, disse que a IDG dá à China e seus parceiros uma plataforma para alcançar seus objetivos de desenvolvimento à luz da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável.

A ICR tem grande potencial para impulsionar a cooperação entre os países árabes e a China e a aprendizagem mútua, trazer mais benefícios para os povos de ambos os lados, disse Samer Khair Ahmed, escritor jordaniano e especialista em relações Estados Árabes-China.

"Na minha opinião, quanto mais próximos os árabes cooperarem com a China, mais próximos eles alcançarão seu próprio renascimento e revitalização", disse Ahmed.

Convencido de que as cúpulas fortalecerão o bom relacionamento da China com todos os países árabes, Nahla Emad, CEO da Egypt-TEDA Suez Canal Economic Zone Development Company, disse que os Estados árabes "precisam deste relacionamento, não apenas para o comércio e os negócios, mas também para a expansão da nossa industrialização".

 

APRENDIZAGEM MÚTUA

A China e o mundo árabe têm desfrutado de uma longa história de interações amigáveis, apesar das longas distâncias. Os intercâmbios entre a China e os Estados árabes datam de mais de 2.000 anos. Mais recentemente, a China estabeleceu 20 institutos Confúcio e duas salas de aula Confúcio em Estados árabes, enquanto mais de 40 universidades chinesas ensinam o árabe como curso principal.

Durante as duas cúpulas, os dois lados reiteraram o significado do diálogo entre as civilizações, bem como da aprendizagem cultural mútua, os esforços para substituir o distanciamento e o choque de civilizações por intercâmbios e aprendizagem mútua, a promoção do entendimento e afinidade entre os povos e a construção de "um jardim de civilizações" com apreciação e inspiração mútuas.

Em seu discurso na Cúpula China-Estados Árabes, Xi pediu o fortalecimento do intercâmbio cultural e um melhor entendimento e confiança entre a China e os Estados árabes, dizendo que os dois lados devem aumentar o intercâmbio de pessoal, aprofundar a cooperação cultural e realizar intercâmbios de experiências de governança.

Ao discursar na Cúpula China-CCG, ele pediu que os dois lados se tornem parceiros para a prosperidade cultural, aumentem as interações entre seus povos, fortaleçam os intercâmbios culturais, aproveitem as belas conquistas culturais um do outro e promovam os ricos valores das civilizações orientais, de modo a contribuir com sua parte para o desenvolvimento e o progresso da civilização humana.

Observando que a China e os países árabes estão ligados há milhares de anos através da antiga Rota da Seda em termos de comércio e intercâmbios culturais, o ex-primeiro-ministro egípcio Essam Sharaf disse que, sob a atual situação internacional, ambos os lados precisam dar as mãos para motivar o mundo com seus valores herdados para construir juntos uma civilização harmoniosa.

A Cúpula China-Estados Árabes é uma oportunidade para os líderes da China e dos países árabes trocarem suas visões, disse o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit.

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