Ao ocupar a presidência da COP15, a China demonstrou liderança na proteção da biodiversidade global, disse Inger Andersen, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
A COP15 refere-se à 15ª reunião da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica. Foi considerada uma reunião histórica, com a expectativa de que os delegados adotem um acordo global de biodiversidade para reverter a perda de biodiversidade.
"A China tem sido fenomenal", disse Andersen à Xinhua em uma entrevista. A China sediou a primeira fase da COP15 em Kunming, capital da Província de Yunnan, no sudoeste da China, com a adoção da declaração de Kunming, que é um "impulso significativo" para as negociações sobre biodiversidade.
Tendo presidido reuniões sobre a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e a Convenção de Ramsar sobre Zonas Úmidas, "a China está realmente mostrando liderança em nível internacional", disse ela.
"Vou agradecer a China por sua liderança. Acredito que foi algo bastante notável em tempos complexos", disse ela. "E vimos a China sendo muito firme a esse respeito".
Domesticamente, a China se saiu muito bem sob a bandeira da civilização ecológica, disse Andersen, enquanto elogiava a política chinesa de "traçar linhas vermelhas" e os esforços de conservação da natureza pelo país, incluindo trazer o panda de volta da extinção.
Ela acrescentou que a China também está trabalhando diligentemente para reduzir as emissões de carbono e combater a poluição do ar.
No processo de negociação, muitas vozes foram ouvidas, incluindo as do setor privado, do setor científico, do setor financeiro, da juventude, dos povos indígenas e de grupos de mulheres.
"Acho que ter todas essas vozes juntas é realmente significativo", disse ela. "É uma COP diferente. É um momento de transformação por meio de uma abordagem social mais ampla."
Quanto aos apelos dos países em desenvolvimento por mais financiamento e apoio técnico, Andersen disse que é bem compreendido que os países em desenvolvimento precisarão de ajuda para proteger sua biodiversidade.
"As Nações Unidas precisam garantir que o dinheiro seja realmente entregue e seja entregue às pessoas que mais precisam", disse Andersen.