Um funcionário produz e embala um lote de módulos de células solares fotovoltaicas para exportação para a Europa e os Estados Unidos numa oficina da Lianyungang Shenzhou New Energy Co Ltd, na província de Jiangsu, em maio. [Foto: Geng Yuhe/China Daily]
As novas instalações fotovoltaicas da China apresentaram um crescimento anual de 98,7%, para 58,24 gigawatts durante os primeiros 10 meses deste ano, já que o país promoveu ativamente o desenvolvimento da energia solar nos últimos anos.
As exportações também atingiram um recorde em meio à crescente demanda no exterior, atingindo US$ 44,03 bilhões, um aumento anual de 90,3%, contribuindo para a transição global de energia de baixo carbono e segurança energética, de acordo com dados divulgados pela Associação da Indústria Fotovoltaica da China.
A parcela de módulos exportados para os mercados europeus representa agora mais da metade do total, à medida que a demanda por produtos fotovoltaicos na Europa aumenta. A demanda da Espanha, Alemanha e Polônia está crescendo significativamente, de acordo com Wang Bohua, presidente da associação.
O mercado sul-americano, principalmente o Brasil, também apresentou forte crescimento, obsevou Wang.
A associação espera que a nova capacidade solar em 2022 registre um novo recorde, à medida que o país avança a todo vapor em sua transição para a energia verde.
Espera-se que as instalações totais ganhem força este ano, para ficar entre 80 GW e 100 GW, quebrando o recorde do ano passado de cerca de 55 GW, disse Wang.
A alta demanda do mercado impulsionou um forte crescimento na fabricação de painéis solares. Nos três primeiros trimestres, a produção de quatro produtos principais - polissilício, pastilhas de silício, células e módulos - ultrapassou o total do ano passado, com crescimento anual de mais de 40%, informou a associação.
"As exportações disparadas e a capacidade instalada acrescentada recentemente, bem como o investimento, são resultado de políticas domésticas de apoio ao desenvolvimento de novas energias no país, que está em pleno andamento para a transição numa sociedade de baixo carbono", avaliou Jiang Yali, um analista da BloombergNEF.
A China, o maior produtor mundial de energia eólica e solar, e também o maior investidor doméstico e estrangeiro em energia renovável, já está liderando em números de produção de energia renovável, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
Nos últimos anos, a China tem intensificado o desenvolvimento de energia renovável, incluindo energia solar e eólica, com grandes conquistas no setor, já que o país pretende atingir o pico de emissões de dióxido de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060.
A China verá sua capacidade instalada de energia renovável representar mais da metade do total do país até 2025, de 42,4% - 930 milhões de quilowatts - até o final de 2020, de acordo com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o principal regulador econômico do país.