A China anunciou que rebaixará sua gestão da COVID-19 a partir de 8 de janeiro, tratando-a como uma infecção de Classe B, em vez de uma infecção de Classe A, mais grave.
Detalhes adicionais sobre essa mudança de política foram revelados na terça-feira em uma coletiva de imprensa pelo mecanismo conjunto de prevenção e controle do Conselho de Estado contra a COVID-19.
Li Bin, vice-chefe da Comissão Nacional de Saúde, disse que vários fatores criaram as condições necessárias para esse recente ajuste na gestão de infecções pelo novo coronavírus.
Ele listou o fato de que a China acompanhou de perto a mutação do vírus, agiu rapidamente na promoção da vacinação e no fornecimento de medicamentos, construiu seu sistema de tratamento médico e prevenção e controle epidêmicos e aumentou sua capacidade de resposta a emergências.
"Atualmente, com a mutação do vírus, a mudança da situação epidêmica, a popularização da vacinação e o acúmulo de experiência em prevenção e controle, a prevenção e o controle epidêmico da China entraram em uma nova fase", disse Li.
Observando que o ajuste é baseado em fatos, é proativo e vem à luz de novos desenvolvimentos, Li disse que "de forma nenhuma significa abandonar (o cuidado com) o vírus ou uma saída completa das medidas de prevenção e controle".
Pelo contrário, "a China continuará a melhorar a gestão, os serviços e as garantias", disse.
Liang Wannian, chefe do painel de especialistas na resposta à COVID-19 sob a Comissão Nacional de Saúde, disse que o ajuste significa uma mudança de foco da prevenção de infecções para o tratamento médico, acrescentando que esforços devem ser feitos para garantir uma transição tranquila e ordenada.
MUDANÇAS À VISTA
O rebaixamento da gestão da COVID-19 levará a quatro mudanças principais nas medidas de resposta à epidemia da China, de acordo com Chang Jile, vice-chefe da administração nacional de prevenção e controle de doenças.
O país detectará principalmente casos de infecção no decorrer da prestação de serviços médicos e por meio do automonitoramento das pessoas, ao invés de outros métodos como o teste de ácido nucleico (PCR) em massa.
Casos assintomáticos e leves serão tratados em casa, em vez de serem tratados por tratamento e observação em isolação.
A prevenção e o controle de epidemia se concentrarão em locais, instituições e grupos críticos de pessoas. Medidas como transporte em circuito fechado e quarentena centralizada visando viajantes de entrada serão descartadas, de acordo com o funcionário.
MAIS RECURSOS MÉDICOS
À medida que a epidemia entra em diferentes estágios, as localidades têm requisitos diferentes em relação ao tratamento médico.
A China tomou uma ampla gama de medidas para direcionar os esforços das localidades no fornecimento de mais recursos e serviços médicos, em uma tentativa de atender às demandas dos pacientes, disse a funcionária da Comissão Nacional de Saúde, Jiao Yahui.
Para melhor curar pacientes gravemente doentes, as autoridades estão expandindo os recursos médicos para o tratamento desses pacientes e aproveitando melhor o papel das instituições de assistência médica de nível primário e dos hospitais de alto nível.
Jiao pediu um monitoramento de saúde reforçado para os idosos, dizendo que os mesmos quando gravemente doentes podem ser enviados diretamente para os hospitais de terceiro nível (os melhores) para tratamento sem o incômodo de múltiplos encaminhamentos.
EIXO CENTRAL DO OBJETIVO
Após o último ajuste, os esforços de prevenção e controle epidêmicos da China se concentrarão na proteção da saúde e na prevenção de casos graves, disse Chang.
A China intensificará a proteção para os principais grupos demográficos, incluindo o aumento da vacinação entre os idosos, aumentará a resposta médica em setores e locais chaves, como lares de idosos, e gerenciará melhor a resposta médica em instalações fechadas e eventos de grande escala.
As pessoas são solicitadas a lavar as mãos com mais frequência, usar máscaras adequadamente e ser proativas na vacinação.