Cooperação e desenvolvimento comum são as relações adequadas entre o Japão e a China, disse o ex-primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda.
O ano de 2023 marca o 45º aniversário da assinatura do Tratado de Paz e Amizade China-Japão. No final de 2022, o governo japonês aprovou três documentos atualizados sobre suas políticas de segurança e defesa, incluindo a nova Estratégia de Segurança Nacional, prometendo aumentar em grande escala seus gastos militares para os próximos cinco anos.
A este respeito, Fukuda disse em uma entrevista ao jornal japonês Mainichi Shimbun que, se isso continuar, a relação entre o Japão e a China se tornará uma corrida armamentista.
"Os dois países podem realmente ser felizes dessa maneira?" Questionou Fukuda, acrescentando que a cooperação e o desenvolvimento comum devem ser a relação entre os dois países.
Fukuda observou que a força militar da China obviamente cresceu nos últimos quase 10 anos. No entanto, ele salientou, a China não quer entrar em guerra com o Japão.
"Sem a China de hoje, mesmo os Estados Unidos não podem desenvolver bem sua própria economia. O consenso básico deve ser que o Japão, os EUA e a China, juntamente com o resto do mundo, são uma comunidade de interesses compartilhados".
Fukuda indicou que no ano passado se celebrou o 50º aniversário da normalização das relações diplomáticas entre o Japão e a China. Além disso, o Tratado de Paz e Amizade China-Japão assinado em 1978 levou a melhores relações entre os dois países.
Desde então, embora o desenvolvimento das relações Japão-China não tenha sempre sido suave, a amizade e a assistência mútua são os pré-requisitos para a normalização das relações diplomáticas entre os dois países, disse Fukuda, expressando a esperança de que o Japão não esqueça sua aspiração original há 50 anos.
