A China sempre tomará o desenvolvimento como a tarefa primária e central, e o desenvolvimento de alta qualidade deve ser sempre o objetivo do país, disse o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, na terça-feira.
Ele reafirmou o compromisso da China com a abertura geral, a cooperação internacional com outros países para a estabilidade e o desenvolvimento da economia mundial, assim como a re-globalização econômica, em seu discurso na Reunião Anual 2023 do Fórum Econômico Mundial.
A economia chinesa terá uma melhora significativa este ano, e seu crescimento provavelmente retornará a sua tendência normal, disse Liu.
Nos últimos 10 anos, o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu de 54 trilhões para 121 trilhões de yuans; a expectativa média de vida subiu de 74,8 anos para 78,2 anos; e a contribuição para o crescimento global atingiu cerca de 36%, disse Liu, sublinhando que há cinco coisas que a China sempre tem em mente ao fazer tais conquistas.
Primeiro, a China deve sempre tomar o desenvolvimento econômico como a tarefa primária e central.
Segundo, a China deve sempre fazer do estabelecimento de uma economia de mercado socialista a direção de sua reforma.
Terceiro, a China deve sempre promover a abertura geral.
Quarto, a China deve sempre defender o Estado de direito.
Quinto, a China deve buscar o desenvolvimento impulsionado pela inovação.
Os cinco pontos acima são a importante experiência que a China aprendeu e ganhou desde que iniciou sua reforma e abertura, disse Liu, prometendo que seu país adere a eles e nunca vacilará em seu compromisso.
A China manteve com sucesso a estabilidade financeira global e está elaborando a Lei de Estabilidade Financeira, que deve fornecer salvaguardas legais para neutralizar riscos e manter a estabilidade financeira à medida que o país avança, afirmou Liu.
Para enfrentar os riscos no setor imobiliário, a China se comprometeu a estabilizar as expectativas, fornecer liquidez razoável, relaxar as restrições que já foram introduzidas para lidar com o superaquecimento no mercado imobiliário, entre outros, disse Liu.
Graças a esses esforços, a oferta e a demanda no mercado tiveram uma melhora notável, acrescentou.
Olhando para o futuro, a urbanização da China ainda está em um caminho rápido, e a enorme demanda potencial gerada neste processo fornecerá uma forte base para o desenvolvimento do setor imobiliário, disse Liu.
A realidade nacional da China indica que a abertura ao mundo é uma obrigação, e o país deve se abrir mais e fazê-lo funcionar melhor, destacou.
A China se opõe ao unilateralismo e ao protecionismo e espera fortalecer a cooperação internacional abrangente com todos os países, observou Liu.
Liu pediu a defesa dos princípios corretos e a manutenção da ordem econômica internacional efetiva, o fortalecimento da coordenação da política macro internacional e a realização de um bom equilíbrio entre inflação e crescimento. Ele também pediu uma resposta global às mudanças climáticas.
O vice-primeiro-ministro chinês disse que o empreendedorismo é um fator-chave para a criação de riqueza de uma sociedade e, portanto, os empresários, chineses e estrangeiros, desempenharão um papel importante como o motor que impulsiona a busca histórica da China pela prosperidade comum.
Se a riqueza não crescer, a prosperidade comum se tornará um rio sem fonte ou uma árvore sem raízes, observou Liu, acrescentando que a prosperidade comum visa evitar a polarização e só pode ser alcançada através do desenvolvimento comum e do trabalho árduo de todos os chineses.
A prosperidade comum não é de forma alguma um sinônimo de igualitarismo ou assistencialismo, Liu apontou.
À medida que a China cresce, todo o povo chinês estará em melhor situação, mas isso não significa que sua renda e nível de prosperidade tenham que ser os mesmos, disse ele, acrescentando que haverá oportunidades iguais, mas nenhuma garantia de resultados iguais.
O tema do encontro deste ano é "Cooperação em um mundo fragmentado". Durante a reunião, Liu se reuniu e trocou opiniões com líderes políticos, acadêmicos e empresários de outros países.
Antes de participar do fórum, Liu se reuniu separadamente com a conselheira federal e ministra das Finanças da Suíça, Karin Keller-Sutter, e o ex-conselheiro federal e ministro das Finanças suíço, Ueli Maurer, em Zurique, na Suíça. Os dois lados estão dispostos a promover conjuntamente o desenvolvimento das relações China-Suíça e aprofundar a cooperação em áreas como economia, comércio, finanças e inovação.