A Assembleia Popular Nacional (APN),o mais alto órgão legislativo da China, criticou na segunda-feira o Senado dos Estados Unidos por aprovar resoluções que propagam a "ameaça da China" e difamam e desacreditam a China após a entrada não intencional de um dirigível não tripulado civil chinês no espaço aéreo norte-americano.
O Comitê de Relações Exteriores da APN disse em um comunicado que o Senado norte-americano seguiu a Câmara dos Representantes dos EUA ao aprovar resoluções sobre o dirigível, chamando o movimento de outro erro que os Estados Unidos cometeram para distorcer os fatos, enganar o público e tentar pressionar a China.
Como um grande país responsável, a China sempre observou estritamente o direito internacional e respeitou a soberania e a integridade territorial de todos os países, diz o comunicado.
A entrada não intencional do dirigível não tripulado civil chinês no espaço aéreo norte-americano foi puramente um incidente inesperado e isolado causado por força maior. O lado chinês informou repetidamente os Estados Unidos e a comunidade internacional sobre a situação e pediu ao lado dos EUA que lide adequadamente com o assunto de maneira calma, profissional e restringida, segundo o documento.
O lado dos EUA, no entanto, tem-se mostrado surdo à posição solene da China, abusando do uso da força e reagiu de forma exagerada, violando gravemente o espírito do direito internacional e a prática costumeira, destaca o comunicado.
"O Congresso dos Estados Unidos está deliberadamente provocando o confronto, criando tensão e politizando, complicando e ampliando o incidente inesperado e isolado, que é um exemplo típico de hegemonia", diz o documento.
O comunicado ainda aponta que quando se trata da questão de qual país é o maior poder de espionagem, os EUA sabem a resposta e as pessoas em todo o mundo podem fazer julgamentos justos.
O lado chinês insta fortemente o Congresso dos EUA a respeitar os fatos, os princípios do direito internacional e as normas básicas das relações internacionais, e imediatamente parar de difamar a China para evitar mais perturbações e danos às relações China-EUA, segundo o documento.