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Observatório Econômico: Multinacionais observam recuperação da China para ímpeto de crescimento

Fonte: Xinhua    31.03.2023 13h34

À medida que o forte fluxo de pessoas retornou ao mercado de consumo da China e alguns importantes indicadores econômicos se recuperaram, muitas multinacionais expressaram seu otimismo pelas perspectivas de recuperação do país e esperam que a nação continue servindo como um importante motor de crescimento para a economia global.

"Vimos um forte retorno de movimentação nas lojas, offline e online, na China", observou Mauro De Felip, gerente-geral da Ferrero China, dizendo que esta é a razão pela qual ele está convencido de que a confiança está retornando aos consumidores e o mercado está se recuperando.

O país estabeleceu no início deste mês uma meta de crescimento do PIB de cerca de 5% para 2023. A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, disse no recém-concluído Fórum de Desenvolvimento da China 2023 que a análise mostra que um aumento de 1 ponto percentual no crescimento do PIB da China leva a um aumento de 0,3 ponto percentual no crescimento em outras economias asiáticas.

Anos de expansão na China tornaram empresas estrangeiras não apenas observadoras da economia chinesa, mas também participantes ativas no desenvolvimento estelar da segunda maior economia do mundo.

Henry Liu, vice-presidente e gerente-geral da Honeywell Performance Materials and Technologies na Ásia-Pacífico, destacou que a China se tornou o maior mercado de crescimento da empresa e um de seus principais centros de pesquisa e desenvolvimento e bases de fabricação global.

"A Honeywell está totalmente confiante sobre nossa perspectiva de crescimento sustentado na China, graças ao sólido sistema industrial do país, mercado super grande, ambiente de negócios em melhoria e fundamentos sólidos", exaltou Liu.

De Felip também reconheceu que a China se tornou e continuará a ser um dos mercados estratégicos mais importantes para a Ferrero.

Na última década, a contribuição do país ao crescimento econômico mundial ultrapassou 30% em média, e este ano, o número superará o de 2022, de acordo com Han Wenxiu, vice-diretor executivo do escritório do Comitê Central de Assuntos Financeiros e Econômicos.

Contra o cenário global de inflação ainda alta, demanda enfraquecida, turbulência financeira e outros desafios, as multinacionais redobram os esforços para a expansão de suas pegadas na China, lançando votos de confiança no crescimento elevado do mercado chinês.

Em 2022, a Honeywell anunciou sua cooperação com a Zhejiang Jiaao Enprotech Stock Co., Ltd. para construir uma instalação de produção de combustível sustentável de aviação na cidade de Lianyungang, Província de Jiangsu, leste do país.

A nova instalação, que deve ser concluída em 2024, produz combustível sustentável de aviação com óleo de cozinha usado e gorduras animais como matéria-prima. Ela apoiará a meta da China de alcançar a neutralidade de carbono até 2060, segundo a empresa.

Ao falar sobre este projeto de cooperação, Liu indicou que a Honeywell se concentra nas perspectivas de crescimento da China em tecnologia digital e desenvolvimento de baixo carbono, o que ele presumiu traria vastas oportunidades para a companhia.

A gigante global de chocolate e confeitaria Ferrero, por outro lado, deseja aproveitar o benefício do aumento do consumo no país.

Dados mostram que o consumo na China emergiu como um ponto brilhante de sua operação econômica nos primeiros dois meses de 2023, subindo 3,5% e revertendo as quedas observadas nos últimos três meses de 2022, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas.

"Estamos prontos para aproveitar esta oportunidade decorrente da recuperação do mercado chinês", afirmou De Felip. Ele acrescentou que a Ferrero China tem a ambição de dobrar o volume de negócios nos próximos três a cinco anos.

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