A China protestou veementemente e condenou os Estados Unidos por organizarem um chamado "trânsito" para Tsai Ing-wen, líder da região de Taiwan, em desrespeito às severas representações e repetidas advertências de Beijing, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, na quinta-feira (30).
Mao fez as declarações depois que Tsai chegou a Nova York na quarta-feira (29).
Ao tomar providências para que Tsai se envolva em atividades políticas sob o pretexto de um "trânsito", as autoridades dos EUA e de Taiwan estão conspirando para melhorar seus intercâmbios oficiais e relações substantivas, observou Mao.
"Isso violou seriamente o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos China-EUA, minou gravemente a soberania e a integridade territorial da China e enviou uma mensagem extremamente errônea às forças separatistas de 'independência de Taiwan'", lamentou a porta-voz.
"Isso provou mais uma vez que a causa fundamental da atual nova rodada de tensões no Estreito de Taiwan está nas repetidas tentativas das autoridades de Taiwan de solicitar o apoio dos EUA para a 'independência de Taiwan' e na intenção de algumas pessoas nos EUA de conter a China através da questão de Taiwan", avaliou Mao.
Tsai está programado para "trânsito" por Nova York e Los Angeles numa viagem de 10 dias de e para os países centro-americanos da Guatemala e Belize.
Betty Yuan, executiva-chefe da Federação Chinesa Atlética-Cultural do Norte da Califórnia, condenou o "trânsito" de Tsai, afirmando que suas ações a colocaram no lado errado da história.
"O que Tsai está fazendo não trará segurança para Taiwan. Apenas provocará mais tensões", disse Chi Tai, presidente da Chineses pela Unificação Pacífica-Norte da Califórnia. Ela acrescentou que “isso não fará nenhum bem ao povo de Taiwan".
A China se opõe firmemente a qualquer visita dos EUA feita pelo líder da região de Taiwan sob qualquer nome ou pretexto, e continuará acompanhando de perto a situação e salvaguardando resolutamente a soberania e a integridade territorial do país, enfatizou Mao.
"A questão de Taiwan é o cerne dos interesses centrais da China, a base da fundação política das relações China-EUA e o primeiro limite que não deve ser ultrapassado nas relações", disse ela.
Mao exortou os EUA a cumprir o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos China-EUA, e a agir de acordo com seu compromisso de não apoiar a "independência de Taiwan", "duas Chinas" ou "uma China, uma Taiwan".
Ela também pediu aos EUA que interrompam qualquer forma de intercâmbio oficial com a região de Taiwan, parem de melhorar suas relações substantivas com a região e de obscurecer e esvaziar o princípio de Uma Só China.