A chamada segunda "Cúpula para a Democracia", organizada pelo lado norte-americano, tem a ver com a realização de seus propósitos egoístas, a expansão da cobertura das regras estabelecidas pelos EUA e o fomento à divisão e ao confronto no mundo, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China na última sexta-feira.
Mao Ning apontou que os EUA estão sediando a cúpula basicamente para traçar linhas entre os países do mundo de acordo com os critérios norte-americanos e interferir em seus assuntos com base nos próprios interesses.
"A cúpula é projetada para remendar pequenos grupos em nome da democracia, promover a falsa narrativa de 'democracia versus autocracia', impor hierarquia à comunidade internacional e criar divisão no mundo", explicou Mao, acrescentando que isso é feito a serviço da política de grupo e da estratégia dos EUA de manter sua primazia.
"A cúpula reflete o quão arrogantes, intolerantes, egoístas e dominadores os EUA sempre foram, e como isso viola e pisoteia a democracia como parte dos valores comuns da humanidade", acrescentou.
Observando que a Iniciativa Presidencial para a Renovação Democrática proposta pelos EUA não é tanto sobre a renovação das democracias mundiais, mas a renovação da hegemonia dos EUA, Mao ressaltou que a declaração da cúpula, que foi pressionada pelos EUA para obter alguns países a bordo de certos "códigos de conduta" e "princípios", é sobre a realização de propósitos egoístas, expandir a cobertura das regras estabelecidas pelos EUA e alguns outros, e alimentar a divisão e o confronto no mundo.
"Isso é extremamente prejudicial e perigoso", alertou Mao.
Ela ressaltou que, à medida que as questões e os desafios globais continuam surgindo, o que o mundo precisa hoje não é alimentar a divisão em nome da democracia e buscar o unilateralismo orientado para a supremacia, mas fortalecer a solidariedade e a cooperação e defender o verdadeiro multilateralismo com base nos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas.
Ela disse que o que o mundo precisa hoje não é interferir nos assuntos internos de outros países sob o disfarce de democracia, mas defender a democracia genuína, rejeitar a pseudo-democracia e promover uma maior democracia nas relações internacionais.
O que o mundo precisa hoje não é de uma "Cúpula para a Democracia" que exalte o confronto, mas de solidariedade e cooperação que se concentre em tomar ações reais para resolver os desafios globais, acrescentou Mao.