China pede que G7 pare de interferir nos assuntos internos de outros países

Fonte: Xinhua    19.04.2023 09h39
China pede que G7 pare de interferir nos assuntos internos de outros países

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, pediu na terça-feira ao G7 que reflita sobre seus próprios problemas, descarte a mentalidade da Guerra Fria e os preconceitos ideológicos e pare de interferir nos assuntos internos de outros países.

Wang fez os comentários em uma coletiva de imprensa diária em resposta a uma pergunta sobre um comunicado conjunto emitido após uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G7 no Japão sobre as questões de Taiwan, do Mar do Leste da China, do Mar do Sul da China, de Xinjiang e do Tibet. A reunião exortou a China a garantir ambientes comerciais transparentes, previsíveis e justos.

Wang disse que, ignorando a forte posição da China e os fatos existentes, a Reunião dos Ministros das Relações Exteriores do G7 interferiu grosseiramente nos assuntos internos da China e caluniou e desacreditou maliciosamente a China.

"O comunicado reflete a arrogância, o preconceito e o desejo deliberado do grupo de bloquear e conter a China. Lamentamos e rejeitamos isso e fizemos uma forte representação junto ao anfitrião, o Japão", disse ele.

Wang disse que Taiwan é parte do território sagrado da China, e o princípio de Uma Só China é o que sustenta a paz e a estabilidade através do Estreito de Taiwan. Para garantir a paz real no Estreito de Taiwan, é absolutamente essencial se opor inequivocamente e impedir qualquer ato em direção à "independência de Taiwan", acrescentou.

Assuntos relacionados a Hong Kong, Xinjiang e Tibet são totalmente assuntos internos da China, e nenhuma força estrangeira pode interferir nestes assuntos de nenhuma forma ou sob nenhum pretexto, disse Wang. As situações no Mar do Leste da China e no Mar do Sul da China são geralmente estáveis, e os países relacionados precisam respeitar os esforços dos países regionais para manter a paz e a estabilidade, acrescentou.

"Como um dos mercados mais vibrantes com o maior potencial, a China está comprometida em proporcionar um ambiente de investimento e negócios estável, justo, transparente e previsível para investidores estrangeiros", disse Wang. Ele observou que certos membros do G7 têm sido alheios aos princípios da economia de mercado e da concorrência leal, têm estendido e abusado do conceito de segurança nacional e têm usado todos os meios possíveis para suprimir as empresas estrangeiras. Eles não estão em posição de apontar o dedo para a China, disse ele.

O porta-voz disse que a China, como um grande país responsável, age firmemente com base na Carta das Nações Unidas e nos princípios básicos do direito internacional, e está comprometida com a construção de uma comunidade com um futuro comum para a humanidade.

"Mais uma vez, instamos o G7 a refletir sobre seus próprios problemas e a descartar a mentalidade da Guerra Fria e os preconceitos ideológicos. Eles devem parar de contrariar a tendência predominante do mundo de hoje, parar de apontar o dedo condescendentemente, parar de interferir grosseiramente nos assuntos internos de outros países e parar de criar deliberadamente antagonismos e divisões na comunidade internacional", disse Wang.

(Web editor: Filomena Wang, 符园园)

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