Wang Yi, diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), pediu nesta segunda-feira que a China e o Reino-Unido promovam o relacionamento bilateral depois de calibrarem a direção correta sob uma nova situação.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do PCCh, fez as declarações em uma conversa telefônica com Tim Barrow, assessor de segurança nacional britânico, a pedido deste último.
Ressaltando que a China dá grande importância ao relacionamento com o Reino Unido, Wang disse que a China tomou nota das recentes observações do lado britânico, que expressaram a vontade de manter relações abertas, construtivas e estáveis com a China, e rejeitou a ideias de uma "nova Guerra Fria" ou de isolar a China.
Essas observações mostraram que o lado britânico está disposto a ver objetivamente o desenvolvimento da China, acrescentou.
Wang espera que a China e o Reino Unido possam se encontrar a meio caminho, manter o ímpeto das trocas bilaterais, eliminar distrações, focar na cooperação e lidar adequadamente com as diferenças.
A China é o único grande país entre os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) que não alcançou a reunificação completa, observou Wang.
É um fato histórico e um consenso global que Taiwan faz parte da China, destacou ele, acrescentando que alcançar a reunificação pacífica é um desejo há muito apreciado dos 1,4 bilhão de chineses e de todos os descendentes chineses em todo o mundo.
Espera-se que o lado britânico continue aderindo ao princípio de Uma Só China, respeitando a soberania e a integridade territorial da China, aderindo ao princípio de não interferência nos assuntos internos uns dos outros e respeitando os interesses centrais e as principais preocupações uns dos outros, apontou Wang.
Por sua parte, Barrow disse que tanto o Reino Unido quanto a China são membros permanentes do CSNU e grandes países com influência global.
Segundo ele, o lado britânico continua perseguindo a política de Uma Só China e está disposto a trabalhar com a China para manter a comunicação e os intercâmbios, aprofundar a cooperação, promover o estabelecimento de um relacionamento bilateral estável, saudável e maduro, e enfrentar conjuntamente os desafios globais.
Os dois lados também trocaram opiniões sobre a crise na Ucrânia. Wang reiterou a posição da China de facilitar as negociações pela paz e espera que todas as partes evitem ações que poderiam agravar ainda mais a situação.