O Grupo paramilitar Wagner, conhecido como Wagner PMC, em São Petersburgo, foi cercado pelas forças de segurança no sábado (24) , depois que o grupo militar privado Wagner foi acusado de tentar realizar uma rebelião armada enquanto seus combatentes foram instados pelo Ministério da Defesa russo a se renderem.
O Ministério da Defesa russo negou informações sobre as Forças Armadas russas atacarem sorrateiramente o Grupo Wagner PMC, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmando que o presidente russo Vladimir Putin foi informado sobre a situação e que todas as medidas necessárias estavam sendo tomadas.
Um correspondente da Agência de Notícias Xinhua testemunhou vários carros da polícia estacionados no complexo ou em torno do centro, com vários policiais de plantão. A vizinhança está relativamente calma.
Um processo criminal está sendo iniciado contra Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo militar privado Wagner, por incitamento à insurreição armada, disse o Centro de Relações Públicas do Serviço Federal de Segurança da Rússia no mesmo dia, pedindo aos combatentes do Wagner PMC que não cumpram as ordens de Prigozhin e tomem medidas para detê-lo.
O apelo veio depois que várias gravações de áudio de Prigozhin foram divulgadas no Telegram. Nessas gravações, Prigozhin alegou que suas unidades teriam sido supostamente atacadas, acusando a liderança militar russa de orquestrar os ataques, segundo publicou a agência de notícias russa TASS.
O Ministério da Defesa russo emitiu um comunicado declarando que as informações divulgadas nas redes sociais em nome de Prigozhin sobre um ataque sorrateiro das Forças Armadas russas contra os campos do Wagner PMC são falsas.
Além disso, o ministério afirmou que as Forças Armadas russas continuam a realizar missões de combate na linha de contato com as Forças Armadas ucranianas numa área onde está sendo conduzida uma operação militar especial.
A capital Kiev está concentrando unidades da 35ª e 36ª Brigadas de Fuzileiros Navais das Forças Armadas ucranianas na direção de Bakhmut para ações ofensivas, "aproveitando a provocação de Prigozhin à desorganização da situação", disse o ministério russo.
As instalações críticas de Moscou foram colocadas sob proteção reforçada e as medidas de segurança na capital foram ampliadas, observou a agência de notícias TASS.
"Devido às informações que se aproximam, medidas de combate ao terrorismo, destinadas a reforçar as medidas de segurança, estão em vigor em Moscou. Aumento do controle de tráfego foi introduzido nas estradas. Restrição de eventos de massa é possível", disse o prefeito de Moscou Sergey Sobyanin em seu canal Telegram.
Como resultado destes desenvolvimentos, as medidas de segurança foram significativamente reforçadas em Moscou. Instalações vitais, instituições estatais e infraestrutura de transporte foram colocadas sob proteção reforçada, com unidades policiais e de resposta em alerta alto, informou a agência de notícias TASS.
Também no sábado, Putin teve um telefonema com seu homólogo turco Recep Tayyip Erdogan após a rebelião relatada do grupo militar privado Wagner. Os dois líderes discutiram os últimos desenvolvimentos na Rússia, relatou o escritório de Erdogan.