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Diplomata chinês de alto escalão pede enfrentamento de desafios de segurança global

Fonte: Xinhua    26.07.2023 09h36

Wang Yi, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), pediu nesta terça-feira esforços conjuntos para enfrentar os desafios de segurança global.

Ele fez os comentários na 13ª Reunião de Conselheiros de Segurança Nacional e Altos Representantes de Segurança Nacional do BRICS em Joanesburgo, África do Sul. BRICS é acrônimo para cinco economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Depois de mais de 10 anos de desenvolvimento, os países do BRICS se tornaram uma plataforma importante para os mercados emergentes e os países em desenvolvimento que buscam força por meio da união, expressou Wang, também diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do PCCh.

Os membros do BRICS avançaram na cooperação com seus três principais motores: cooperação política e de segurança, cooperação econômica e intercâmbio entre pessoas. Também aumentaram as vozes e a influência dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento, lembrou.

Ele pediu esforços para seguir a direção correta no desenvolvimento futuro dos países do BRICS, fortalecer ainda mais a confiança política mútua e a coordenação estratégica e continuar a fornecer bens públicos internacionais que atendam às exigências da época.

Para lidar com os riscos de segurança que o mundo enfrenta atualmente, Wang pediu a adesão ao respeito mútuo, a observância dos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas (ONU), o respeito às preocupações legítimas de segurança de cada um e o respeito aos direitos de todos os países de escolherem seus sistemas políticos e caminhos de desenvolvimento.

Wang pediu a defesa ao multilateralismo, preservação do sistema multilateral com a ONU em seu núcleo e resistência ao unilateralismo e à prática hegemônica.

Esforços devem ser feitos para resolver disputas e diferenças por meio de diálogo e consulta, enquanto os atos de "dissociação" e "padrões duplos" devem ser combatidos, afirmou Wang. Ele também enfatizou a segurança comum, destacou o espírito de cooperação ganha-ganha e se opôs ao pensamento de soma zero e à mentalidade da Guerra Fria.

Como um grupo de mercados emergentes e nações em desenvolvimento, os países do "Sul Global" têm uma importante missão de resistir à intervenção externa e proteger a segurança política, apontou Wang, pedindo esforços para aprofundar continuamente a cooperação Sul-Sul e proteger conjuntamente a segurança e a estabilidade nacionais, em uma tentativa de construir um mundo multipolar equitativo e ordenado.

A China está disposta a trabalhar com seus parceiros do BRICS para realizar mais cooperação prática no enfrentamento dos desafios de segurança internacional, prometeu.

A reunião contou com a presença de Khumbudzo Ntshavheni, ministra da Presidência da África do Sul; Celso Luiz Nunes Amorim, assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil; Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia; e o conselheiro de Segurança Nacional da Índia, Ajit Doval.

As partes concordaram em levar adiante o espírito do BRICS, apoiar o multilateralismo, opor-se às sanções unilaterais e enfrentar conjuntamente os desafios globais, incluindo o terrorismo, o extremismo e o crime transfronteiriço.

As partes também concordaram em fortalecer o diálogo, a consulta, a solidariedade e a cooperação, apoiar a África do Sul na realização de uma cúpula bem-sucedida do BRICS e promover o crescimento contínuo da cooperação do bloco.

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