O governo brasileiro reiterou nesta terça-feira que a economia do país crescerá 3% este ano, depois da divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que no terceiro trimestre o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 0,1%, resultado superior ao esperado pelo mercado financeiro, que previa uma contração.
Da Alemanha, onde se encontra em visita com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, disse que o resultado do crescimento do PIB "surpreendeu" e afirmou que com a queda da taxa de juros, junto com a aprovação das medidas econômicas que estão sendo discutidas no Congresso, as pessoas podem acreditar que a economia brasileira será "cada vez mais forte".
"Nós tivemos um PIB positivo, mas fraco, mas com os cortes nas taxas de juros, nós esperamos que este ano possamos fechar o PIB em mais de 3% de crescimento e esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem", disse Haddad.
Segundo o mercado financeiro, a economia brasileira crescerá 2,84% este ano e 1,5% em 2024, embora para Haddad, as medidas que estão sendo adotadas devem impulsionar um crescimento mais forte no ano que vem.
O ministro mandou um recado ao Banco Central, ao afirmar que a entidade "necessita fazer seu trabalho", em uma alusão ao processo de corte da taxa básica de juros da economia, que desde meados do ano baixou de 13,75% ao ano para os atuais 12,25% e feche o ano em 11,75%, como prevê o mercado financeiro.
O IBGE divulgou nesta terça-feira que a economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre, em comparação com o segundo e 2%, comparado ao mesmo período do ano passado, enquanto que nos últimos quatro trimestres até setembro, avançou 3,1%.