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Extrema pobreza cai no Brasil em 2023 ao menor nível de sua história

Fonte: Xinhua    23.04.2024 14h57

A pobreza extrema no Brasil caiu em 2023 ao menor nível registrado na história, ficando em 8,3% da população, equivalente a 16,9 milhões de pessoas e 2,6 milhões a menos que em 2022, informou no dia 19 o Centro de Política Social da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O relatório foi divulgado depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quinta-feira que a desigualdade social no Brasil se manteve no ano passado em seu menor nível histórico - 0,518 do índice Gini - e que os ingressos da população aumentaran 11,5% em comparação com 2022, alcançando uma renda familiar média per capita recorde de 1.848 reais mensais (US$ 355).

Segundo o estudo da FGV, com o aumento da renda média dos brasileiros em 2023, o Brasil alcançou o menor nível de pobreza extrema registrado no país. Para isso, os pesquisadores da FGV estabeleceram uma linha de extrema pobreza definida pela própria equipe: se considera extremamente pobre quem ganha menos de 303 reais (US$ 58) por mês por pessoa da família, incluindo todas as fontes de renda.

Segundo o relatório, o resultado é surpreendente em um contexto no qual os ingressos médios cresceram dois dígitos em praticamente todos os setores de renda. Isto significa que a expansão do programa de transferência de renda Bolsa Família, considerado o principal motor de crescimento entre os mais pobres, não parece ter dificultado o mercado de trabalho, já que houve um aumento dos salários e do número de empregados em 2023.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o número total de famílias integradas ao Bolsa Família passou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (aumento de 60%). Os pagamentos mensais passaram de 2,1 bilhões de reais (US$ 403 milhões) a 14,2 bilhões de reais (US$ 2,731 bilhões).

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