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Perante os fatos, rótulo difamatório de sobrecapacidade de produção verde da China é auto-destrutivo

Fonte: Diário do Povo Online    27.04.2024 20h27

A produção e vendas de veículos de novas energias da China ocuparam o primeiro lugar no mundo por 9 anos consecutivos. O mercado de baterias chinês ficou em primeiro lugar no mundo por 8 anos consecutivos. A capacidade fotovoltaica instalada chinesa, ocupa, consecutivamente, o primeiro lugar mundial há 10 anos.

A indústria verde, em expansão da China, surgiu como resposta às alterações climáticas e à necessidade de uma transição verde e de baixo carbono. Esta indústria foi já responsável por vários contributos importantes e por injetar um novo impulso no crescimento económico global.

Todavia, há quem nos Estados Unidos se ocupe de rotular indústria ecológica da China, alegando, falsamente, que o seu desenvolvimento “depende de políticas de subsidiação” e que “as vantagens da capacidade de produção verde da China decorrem de práticas de concorrência desleal”.

Estas posições desconsideram os fatos e são contrárias à verdade.

Basta visitar as novas empresas da indústria ecológica da China e constatar a sua história de desenvolvimento. É facilmente percetível que as vantagens competitivas que o setor alcançou no mercado internacional dependem inteiramente da inovação e da dedicação dos quadros que compõem essas empresas.

Nos últimos 10 anos, a indústria verde global atravessou um período que corresponde ao seu período de infância. Os países desenvolvidos têm vantagens em matéria de capacidade tecnológica e de acumulação de unidades industriais. Por seu turno, as empresas chinesas enfrentam dificuldades, como imaturidade tecnológica e elevados custos de produção. Confrontadas com estes desafios, as empresas chinesas cooperaram entre si, esforçam-se em prol da inovação e agilizaram a implementação de novas tecnologias.

Desde uma bateria que pode durar 1.000 quilômetros com uma única carga; plataformas de carboneto de silício de alta tensão, de 800 volts, capazes de acumular 400 quilômetros de autonomia em 5 minutos; cockpits inteligentes com a integração de inteligência artificial; sistemas de direção autônoma... Dia após dia, o empenho e a persistência do tecido empresarial chinês resultou em avanços contínuos em novas tecnologias aplicadas ao setor automóvel e de baterias.

Chua Wee Chai, vice-presidente sênior da Kasikornbank, da Tailândia, observou: "Nos últimos anos, a razão pela qual as indústrias emergentes da China obtiveram vantagens competitivas no mercado internacional decorre da inovação, da pesquisa e desenvolvimento e do controle disciplinado dos custos de produção".

Atribuir vantagens competitivas a “subsídios” é algo que menospreza os esforços de dezenas de milhões de técnicos e trabalhadores industriais da China ao longo da última década.

Será um acaso que a “Gigafactory” da Tesla em Shanghai represente mais da metade da capacidade de produção global da marca? A resposta está na integridade e eficiência da nova cadeia da indústria de veículos energéticos da China. Na região da foz do rio Yangtze, um fabricante de veículos de novas energias pode ter acesso a todas as peças necessárias para a montagem em 4 horas sobre rodas.

A China é o maior país em termos manufatureiros do mundo, com cadeias industriais e sistemas de apoio completos. No país podem ser encontrados fornecedores locais para a maioria dos materiais e componentes, proporcionando um forte apoio à produção experimental e à produção em massa de produtos inovadores. Conforme relatado pelo site American Diplomat, em comparação com as empresas ocidentais, as empresas chinesas de veículos elétricos são capazes de fornecer tecnologias avançadas a preços competitivos e reduzir os custos de logística, mão-de-obra, matérias-primas e transporte através das suas cadeias de abastecimento.

Atribuir essa vantagem competitiva a “subsídios” coloca em causa os frutos de uma estratégia acertada de várias gerações chineses.

Ao apostar na indústria verde, a China sempre abriu suas portas e incentivou a concorrência.

Ao introduzir projetos de investimento estrangeiro, como a Tesla, incentivar novos fabricantes de automóveis, como a NIO, Xpeng e Ideal, e a trazer novos modelos de negócios, de operação de usuários e definições de produtos disruptivas, as empresas chinesas e estrangeiras de veículos de novas energias competiram em prol da melhoria contínua de toda a indústria.

Se atribuirmos essas vantagens a “subsídios”, qual é, então, o mérito dos esforços das empresas chinesas e estrangeiras que se dedicaram a conquistar este novo mercado?

As empresas de manufatura da China promoveram o desenvolvimento de alta qualidade e se esforçaram para estimular a combinação otimizada de trabalhadores e empreendedores, materiais de trabalho inteligentes e digitalmente habilitados, contribuindo para aumentar a competitividade das empresas.

É inegável que a China implementou algumas políticas industriais de incentivo ao desenvolvimento das indústrias verdes. Contudo, não se trata de política industrial exclusiva da China.

Um artigo do South China Morning Post refere que os Estados Unidos e a União Europeia são "pioneiros e gigantes" em subsídios estatais. Em 2022, o governo dos EUA aprovou a "Lei da Redução da Inflação", fornecendo aproximadamente 369 bilhões de dólares em incentivos fiscais e subsídios para a indústria doméstica de energia limpa, incluindo veículos elétricos. Muitos países europeus também implementaram subsídios na sua indústria de veículos elétricos em aspetos que abrangem desde a tributação de sociedades até às compras individuais.

Sendo esta uma prática comum, porque é que individualidades de determinados países fazem frequentemente comentários irresponsáveis relativamente às políticas industriais da China?

Scott Lincicome, especialista em comércio do Instituto Cato, um think tank americano, afirmou, sem rodeios, que as acusações contra a China são um comportamento típico de "padrões duplos". A construção de um muro alto de protecionismo comercial irá interferir com a circulação das cadeias industriais e de abastecimento internacionais, sendo que os países que promovem estas medidas acabarão por sofrer as consequências.

A China sempre defendeu a cooperação aberta, o benefício recíproco e os resultados mutuamente vantajosos, nunca tendo descartado a concorrência saudável. No entanto, os políticos e as pessoas que continuam a falar de "valor verde" e de "comércio livre" não estão promovendo de forma sincera a transformação ecológica. Em vez disso, recorrem a táticas distorcidas para suprimir aqueles que contribuem realmente para conter as alterações climáticas.

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