O número de pessoas presas por iniciar incêndios florestais e em canaviais no estado de São Paulo, sudeste do Brasil, aumentou para seis nesta terça-feira, com a prisão de duas pessoas nas últimas horas, informaram as autoridades.
Um porta-voz da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou à imprensa local sobre a prisão de dois homens, de 44 e 49 anos, que foram filmados por câmeras rodoviárias iniciando incêndios em plantações de cana-de-açúcar em meio à seca que acontece em grande parte do Brasil.
Todos os seis detidos foram acusados de terem participado intencionalmente nos incêndios que foram registrados de sexta para segunda-feira em mais de 50 municípios do estado de São Paulo, o mais populoso e desenvolvido do Brasil, que também é o principal produtor de açúcar e etanol (álcool combustível).
Em declarações à rádio CBN, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que um dos detidos se identificou como integrante do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC), o principal do Brasil e que atua em alguns países vizinhos.
Freitas tinha afirmado na segunda-feira que os incêndios florestais e as queimadas de campos causaram prejuízos à agricultura no equivalente a US$ 182 milhões em três dias.
O secretário da Agricultura de São Paulo, Guilherme Piai, disse que a origem do incêndio são atos criminosos.
Ao participar de evento na cidade de São Paulo, o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, exigiu "todo o rigor da lei" contra os responsáveis.
Os incêndios causaram duas mortes e 66 feridos, além da suspensão de aulas e atividades em Ribeirão Preto devido à forte cortina de fumaça causada pelo incêndio nos canaviais.