A primeira Mesa Redonda China-Estados Latino-Americanos e Caribenhos sobre Direitos Humanos - o primeiro intercâmbio institucional e a primeira discussão no campo dos direitos humanos entre a China e a América Latina e o Caribe (ALC), foi realizada no Rio de Janeiro, Brasil, nesta terça-feira.
Mais de 120 altos funcionários, especialistas e acadêmicos da China e dos países da América Latina e do Caribe, bem como representantes de organizações sociais, think tanks e mídia, discutiram a cooperação no desenvolvimento dos direitos humanos enquanto chegavam a um consenso no evento.
Em seu discurso, Padma Choling, presidente da Sociedade Chinesa de Estudos de Direitos Humanos, disse que, sob a orientação de construir uma comunidade China-ALC com um futuro compartilhado, tanto a China quanto a ALC compartilham uma compreensão consistente dos direitos humanos e seguem caminhos diferentes para o conceito.
Ele sugeriu que a China e os países da ALC devem compartilhar conceitos de segurança comuns e continuarem a trabalhar em conjunto para criar um ambiente pacífico para os direitos humanos. Eles devem buscar o desenvolvimento compartilhado, explorar conjuntamente um caminho inclusivo de direitos humanos e defender o conceito de coexistência de civilizações. É essencial respeitar e defender diversos conceitos de direitos humanos, assinalou Choling.
Zhu Qingqiao, embaixador da China no Brasil, disse que a China e a América Latina assumem responsabilidades comuns para alcançar o desenvolvimento e a revitalização e melhorar o bem-estar das pessoas, apesar das diferenças nos processos históricos, sistemas sociais e tradições culturais.
Zhu também disse que o Brasil e outros países da América Latina e do Caribe priorizam a erradicação da fome e da pobreza e a promoção da equidade social e da justiça na governança, acrescentando que ambos os lados devem continuar a facilitar o intercâmbio e a cooperação em direitos humanos.
Gustavo Pacheco Villar, presidente do Parlamento Andino, disse que tanto a China quanto os países da ALC fizeram contribuições significativas para os direitos humanos, acrescentando que os dois lados devem formular políticas correspondentes para enfrentar os desafios atuais os quais envolvem guerra, comércio internacional e segurança alimentar.