O Hezbollah confirmou no sábado (28) que seu líder Sayyed Hassan Nasrallah foi morto nos ataques aéreos israelenses contra a sede de comando do grupo militante um dia antes em Dahieh, subúrbios ao sul de Beirute.
Em uma declaração, o grupo lamentou Nasrallah, descrevendo-o como "um grande mártir" e "um líder heróico, ousado, corajoso, sábio, perspicaz e fiel" por quase 30 anos, que recentemente liderou "a batalha pela Palestina, Gaza e o povo palestino oprimido".
Pouco depois que o Hezbollah confirmou a morte de Nasrallah, o Hamas emitiu uma declaração oferecendo suas "sinceras condolências, simpatia e solidariedade ao povo libanês irmão" e seus "irmãos no Hezbollah e na Resistência Islâmica no Líbano".
O documento também condenou os ataques aéreos israelenses em Dahieh como "um ato terrorista covarde, um massacre e um crime hediondo" que prova mais uma vez a "sanguinolência e brutalidade" de Israel.
O Hamas responsabilizou Israel totalmente por "este crime hediondo e suas sérias repercussões na segurança e estabilidade da região" e condenou o "apoio contínuo" da administração dos EUA a Israel.
Na sexta-feira (27) à noite, aviões de guerra israelenses lançaram ataques aéreos na sede principal do Hezbollah em Dahieh, que, de acordo com uma declaração das Forças de Defesa de Israel no início do sábado, mataram Nasrallah e alguns outros comandantes do grupo armado.
Os ataques destruíram vários prédios residenciais, resultando em pelo menos seis mortes, 91 feridos e danos significativos à infraestrutura no bairro, de acordo com o canal de TV MTV do Líbano.
Israel intensificou seus ataques aéreos no Líbano desde segunda-feira, marcando a mais extensa ação militar israelense no país desde 2006.
Isso marca a mais recente escalada dos confrontos em andamento que se iniciaram em 8 de outubro de 2023, quando o Hezbollah começou a lançar foguetes contra Israel em solidariedade ao Hamas na Faixa de Gaza, provocando o fogo de artilharia retaliatório e ataques aéreos de Israel no sudeste do Líbano.