Um BRICS ampliado está injetando mais certeza e estabilidade num mundo relpeto de mudanças, concordaram na segunda-feira acadêmicos dos países do BRICS no Seminário do BRICS sobre Governança e Fórum de Intercâmbios Culturais do BRICS 2025, realizado na cidade brasileira de Rio de Janeiro.
Com a incorporação de mais países ao BRICS, a representatividade e a influência do mecanismo têm se expandido de forma constante, se tornando uma força estabilizadora em um mundo cheio de mudanças e turbulências, afirmou Yu Yunquan, vice-presidente do Grupo de Comunicações Internacionais da China (CICG, na sigla em inglês).
A "cooperação ampliada do BRICS" deve promover ativamente uma multipolarização mundial equitativa e ordenada, bem como uma globalização econômica inclusiva e mutuamente benéfica, fortalecer o intercâmbio de experiências em governança entre os países do Sul Global, unir esforços para a construção conjunta de um sistema de governança global justo e razoável, impulsionar o intercâmbio e o aprendizado mútuo entre civilizações, liderar a cooperação do Sul Global e contribuir com a força do BRICS para o desenvolvimento mundial, enfatizou Yu.
Ivone Silva, presidente do Instituto Lula do Brasil, afirmou em seu discurso que os países do BRICS representam uma parceria estratégica de nações que, juntas, constituem uma parte significativa da população e economia mundial.
Segundo ela, a cooperação entre os países BRICS não é apenas uma resposta ao panorama econômico e político atual, mas também uma oportunidade para construir um futuro mais equitativo e sustentável.
Boris Guseletov, pesquisador-chefe do Departamento de Estudos Sociais e Políticos do Instituto de Estudos Europeus da Academia de Ciências da Rússia, enfatizou que o desenvolvimento integrado da justiça social e da governança global é crucial para enfrentar os novos desafios da cooperação internacional.
"O mundo entrou em uma nova fase de grandes mudanças turbulentas, e a ordem internacional está passando por uma importante reorganização. Após a expansão, o mecanismo BRICS unirá forças para promover o desenvolvimento comum, defender o multilateralismo e contribuir ainda mais para a construção de um sistema de governança global mais equitativo", disse.
Por sua vez, Tshediso Matona, comissário da Comissão de Empoderamento Econômico Negro da África do Sul, expressou que o desenrolamento atual da geopolítica também gerou incerteza na economia global.
"Somente por meio da união e da cooperação, demonstrando força coletiva e mantendo o sistema de comércio multilateral, os países do BRICS poderão enfrentar melhor as crises e salvaguardar os interesses comuns dos países do Sul Global", disse Matona.
Em representação dos novos membros do BRICS, Veronika Sintha Saraswati, chefe do Programa de Relações Internacionais do Instituto de Estudos da Associação China-Indonésia, afirmou que a expansão do grupo tem aumentado continuamente sua influência na arena internacional, tornando-o mais representativo e com maior capacidade de levar adiante diversas agendas globais.
Os participantes também elogiaram a participação ativa da China no desenvolvimento e na governança global, bem como sua grande contribuição para a liderança da cooperação entre os países do BRICS e do Sul Global.
Na opinião deles, as três iniciativas globais propostas pela China oferecem uma importante plataforma de cooperação para o desenvolvimento, segurança e a civilização da humanidade.
Durante o evento, a Aliança de Imagem do BRICS apresentou a exposição fotográfica "BRICS: A beleza da humanidade" e publicou relatórios especiais intitulados "Grande Cooperação do BRICS: Uma Força de Estabilidade e Progresso em um Século de Mudanças" e "Relatório de pesquisa 2025 sobre a Cooperação do BRICS na Nova Era do Desenvolvimento Global".