Foto: Agências
O presidente russo, Vladimir Putin, disse na quinta-feira (7) que espera realizar uma cúpula presidencial com o presidente dos EUA, Donald Trump, já na próxima semana, com os Emirados Árabes Unidos (EAU) emergindo como um possível local.
O assessor presidencial russo, Yury Ushakov, confirmou que Moscou e Washington concordaram em realizar o encontro presidencial nos próximos dias, com os EUA tendo iniciado o impulso para as negociações bilaterais de alto nível.
Ele repetiu a opinião do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, de que os dois líderes agora têm muito a discutir em suas conversas.
Putin afirmou que a Rússia tem muitos amigos prontos para ajudar a organizar seu encontro com o colega americano. Um desses amigos é o Ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Abdullah bin Zayed Al Nahyan, disse ele.
O New York Times noticiou anteriormente que Trump pretende se encontrar pessoalmente com Putin já na próxima semana, com planos para, logo depois, uma reunião trilateral envolvendo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Os planos para o encontro presencial entre os dois líderes surgiram inicialmente após a reunião de trabalho de três horas de Putin com o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, na quarta-feira (6).
Durante uma ligação telefônica com líderes europeus no mesmo dia, Trump teria dito que as reuniões incluiriam apenas ele, Putin e Zelensky, excluindo quaisquer colegas europeus.
Questionado sobre a perspectiva de se encontrar com o líder ucraniano, Putin afirmou que as condições para um possível encontro com Zelensky ainda estão longe de serem criadas. "Infelizmente, ainda estamos longe de criar as condições necessárias", disse Putin à imprensa.
Kirill Dmitriev, chefe do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês), que recebeu Witkoff no aeroporto, prevê que o encontro entre Putin e Trump irá revigorar o engajamento Rússia-EUA, enfatizando que o diálogo permite que a Rússia articule suas posições com clareza.
Dmitriev, que também atua como enviado especial do presidente da Rússia para investimentos e cooperação econômica, afirmou que as negociações oferecem uma oportunidade de transmitir aos parceiros americanos que "o crescimento econômico da Rússia superou significativamente a estagnação virtual que assola as economias do Reino Unido e da UE".