O 5º Congresso Mundial de Reservas de Biosfera (WCBR, em inglês) será realizado em Hangzhou, capital da Província de Zhejiang, leste da China, de 22 a 25 de setembro, de acordo com a Academia Chinesa de Ciências (CAS, em inglês).
Esta será a primeira vez que a conferência ocorrerá na Ásia, disse He Hongping, vice-presidente da CAS, em uma coletiva de imprensa realizada pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado na terça-feira. O evento reunirá cerca de 4.000 delegados de mais de 150 países e regiões.
Ele disse que a China usará o encontro para aproveitar a experiência global em governança ecológica, aprofundar a cooperação científica internacional e buscar avanços na conservação da biodiversidade e gestão ambiental.
Prevê-se que um plano de ação de Hangzhou seja lançado durante a conferência, que orientará o Programa sobre o Humano e a Biosfera (MAB, em inglês) da UNESCO para a próxima década.
A UNESCO lançou o Programa MAB em 1971 para promover a gestão sustentável da biodiversidade e as interações homem-natureza. O programa opera por meio da Rede Mundial de Reservas de Biosfera (WNBR, em inglês), que inclui 759 reservas de biosfera em 136 países.
A cada 10 anos, a UNESCO convoca o WCBR para avaliar o progresso, compartilhar experiências e definir direções futuras para o Programa MAB. O último WCBR foi realizado em 2016, em Lima, no Peru, onde foi adotado o Plano de Ação de Lima (2016-2025).
A China aderiu formalmente ao Programa MAB em 1973 e estabeleceu um comitê nacional para o programa cinco anos depois. Até o momento, 34 reservas naturais na China foram designadas como reservas de biosfera da UNESCO, colocando o país em primeiro lugar na Ásia em termos de número total dessas reservas.
"Ao participar ativamente desta iniciativa, estamos compartilhando consistentemente a filosofia, a sabedoria e as práticas do desenvolvimento da civilização ecológica da China com a comunidade internacional", disse ele.
A China tem avançado sistematicamente nos esforços de conservação científica e alcançou progressos significativos, observou ele.
Por meio da construção do sistema de parques nacionais e do sistema de jardins botânicos nacionais, além da implementação de projetos de proteção da vida selvagem, o país viu a recuperação gradual de espécies-chave da vida selvagem, como o panda gigante, o boto sem barbatanas do Yangtze e o antílope tibetano, e a melhoria constante de seus habitats, acrescentou.
Ele também disse que sistemas integrados de monitoramento foram estabelecidos para rastrear a dinâmica do ecossistema e das espécies em todo o país, apoiando políticas de conservação baseadas em evidências. Tecnologias avançadas, como identificação de IA, sensoriamento remoto por satélite e drones, foram implantadas para criar um sistema inteligente de monitoramento "espaço-ar-terra", que foi aplicado em reservas piloto para melhorar os esforços de gerenciamento e restauração.
O apoio consultivo científico também contribuiu para as principais decisões nacionais, como a proibição da pesca no rio Yangtze, os planos de desenvolvimento de parques nacionais e a determinação de linhas vermelhas na proteção ecológica.