
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, afirmou na segunda-feira que a China está disposta a se unir a várias partes para promover ativamente a Iniciativa de Governança Global e envidar esforços conjuntos para injetar mais energia positiva na paz e no desenvolvimento regional.
Li fez essas declarações ao discursar na 20ª Cúpula do Leste Asiático, realizada na Malásia.
Li disse que há 20 anos, a Cúpula nasceu em Kuala Lumpur e, nas últimas duas décadas, a cúpula tem desempenhado um papel construtivo geral, promovendo a estabilidade e o rápido desenvolvimento na região.
Hoje, o mundo entrou em um novo período de turbulência e transformação, com a paz e o desenvolvimento enfrentando muitos novos riscos e desafios, observou Li.
Com o objetivo de abordar as mudanças globais e resolver os problemas urgentes, o presidente chinês, Xi Jinping, propôs solenemente a Iniciativa de Governança Global, ressaltou ele.
Enfatizando a adesão à igualdade soberana, o respeito pelo Estado de Direito internacional, a prática do multilateralismo, a defesa de uma abordagem centrada nos povos e o foco na tomada de medidas concretas, a iniciativa possui forte relevância prática e está em estreita consonância com o princípio de fundação da Cúpula, acrescentou Li.
A China está pronta para trabalhar com todas as partes para permanecer fiel às aspirações originais da Cúpula, disse Li, apelando a todas as partes para que continuem a construir um amplo consenso.
O respeito mútuo, a igualdade, a equidade e a justiça, entre outros, são fundamentos importantes que regem as relações entre as nações. A globalização econômica e a multipolarização mundial são irreversíveis, e o mundo não deve voltar à lei da selva, onde os fracos se tornam vítimas dos fortes, afirmou ele.
Somente defendendo esses valores compartilhados da humanidade e seguindo a maré da história poderemos tomar as decisões certas em momentos críticos e avançar no caminho correto, acrescentou Li.
Li destacou a necessidade de se concentrar na resolução de problemas proeminentes, afirmando que o desenvolvimento econômico e a melhoria das condições de vida dos povos continuam sendo as principais prioridades para os países da região.
Ele pediu um compromisso mais forte com a defesa do sistema de livre comércio, envidando esforços para construir uma rede regional de livre comércio de alto nível e promovendo vigorosamente a integração regional.
É preciso reunir mais forças para melhorar o bem-estar dos povos e alcançar um desenvolvimento universalmente benéfico e inclusivo, acrescentou.
Li também pediu a reforma e o aprimoramento das regras e dos sistemas. Quanto mais turbulenta se torna a situação, maior é a necessidade de salvaguardar a autoridade do Estado de Direito internacional, afirmou.
Ele pediu a todas as partes que respeitem as regras, especialmente para proteger o sistema internacional com as Nações Unidas (ONU) no centro, e apoiem a centralidade da ASEAN na arquitetura regional, atuando como promotora da cooperação regional.
Ao mesmo tempo, disse ele, esforços devem ser feitos para promover ativamente reformas e facilitar o estabelecimento de um sistema de governança global mais justo e razoável para melhor salvaguardar os interesses de todas as partes.
Os líderes presentes na reunião observaram que a atual situação internacional está passando por mudanças profundas e complexas, com o agravamento dos conflitos geopolíticos e o aumento do protecionismo.
Eles exortaram os países da região a retornarem às aspirações originais da Cúpula, a respeitarem o multilateralismo e os princípios básicos do direito internacional, como a Carta das Nações Unidas, e a trabalharem juntos para promover a construção da paz, conduzir o diálogo no espírito do respeito mútuo e criar novos modelos de parcerias.
Eles também pediram aos países da região que fortaleçam a cooperação prática, enfrentem juntos desafios como segurança energética e alimentar, transformação verde, mudanças climáticas e saúde pública, e promovam a paz, a estabilidade e a prosperidade duradouras na região e no mundo em geral.
A reunião, organizada pelo primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, adotou a Declaração de Kuala Lumpur sobre o 20º aniversário da Cúpula do Leste Asiático e a Declaração dos Líderes sobre a Promoção da Localização em Ações Antecipadas para Preparação e Resposta a Desastres.