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China condena declarações da primeira-ministra japonesa

Fonte: Diário do Povo Online    11.11.2025 08h38

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian. (Foto: mfa.gov.cn)

A China expressou forte insatisfação e firme oposição às recentes declarações da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sugerindo um possível envolvimento militar no Estreito de Taiwan, instando o Japão, na segunda-feira (10), a cessar imediatamente a interferência nos assuntos internos da China.

Takaichi disse a parlamentares japoneses na semana passada que uma emergência em Taiwan, envolvendo o uso de navios e forças militares da parte continental da China, poderia constituir uma "situação de ameaça à sobrevivência" do Japão, que poderia exercer seu direito à autodefesa coletiva. Ela se recusou, no mesmo dia, a retratar-se de suas declarações.

Classificando tais declarações equivocadas como uma grave violação do princípio de Uma Só China e uma quebra dos compromissos políticos assumidos pelo governo japonês, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, afirmou que Beijing apresentou protestos formais a Tóquio sobre a atitude flagrante.

Numa coletiva de imprensa diária, Lin questionou qual sinal o Japão pretende enviar às forças separatistas pró-independência de Taiwan, se busca desafiar os interesses fundamentais da China e dificultar a reunificação nacional, e em que direção planeja conduzir as relações sino-japonesas.

Ele enfatizou que Taiwan faz parte da China e que a solução da questão taiwanesa e a conquista da reunificação nacional são assuntos internos da China, que não admitem interferência estrangeira.

Este ano marca o 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa (1931-1945) e na Guerra Mundial Antifascista. É também o 80º aniversário da restauração de Taiwan.

O Japão cometeu inúmeros crimes durante seu domínio colonial sobre Taiwan, observou Lin, acrescentando que as tentativas dos formuladores de políticas japoneses de interferir nos assuntos entre os dois lados do Estreito atropelaram a justiça internacional e desafiaram a ordem internacional do pós-guerra.

A reunificação da China é imparável, afirmou, acrescentando que, com forte vontade e grande confiança, o povo chinês é plenamente capaz de frustrar todas as manobras que obstruam a causa da reunificação.

Ele instou o Japão a parar de cruzar a linha vermelha.

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