A China protestou junto ao Parlamento Europeu pela presença de políticos pró-independência de Taiwan na "Cúpula da Aliança Interparlamentar", nas suas instalações, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, nesta segunda-feira.
Lin fez as declarações em uma coletiva de imprensa regular, ao ser questionado sobre o aparente fortalecimento da "aproximação" de Taiwan com a Europa, após Hsiao Bi-khim ter pedido por maior apoio a Taiwan, em um raro discurso a um grupo do Parlamento Europeu em Bruxelas, na sexta-feira. Enquanto isso, Tsai Ing-wen deverá discursar em Berlim na segunda-feira.
"O lado europeu observou que o compromisso do Parlamento Europeu com a política de Uma Só China não mudou e não mudará. A reunião em questão não foi realizada a convite do Parlamento Europeu, os indivíduos envolvidos não foram convidados pelo Parlamento e a liderança parlamentar não teve contato com eles. As ações individuais dos eurodeputados não representam a posição oficial do Parlamento Europeu", disse Lin.
Observando que a Aliança Interparlamentar (IPAC) é financiada por diversas instituições anti-China e que é recorrente a disseminação de desinformação sobre a China, Lin afirmou que as autoridades do Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla inglesa) utilizam a IPAC, um grupo sem qualquer credibilidade, para solicitar apoio estrangeiro à sua agenda separatista.
"O teatro político encenado pelos políticos da 'independência de Taiwan' e pela IPAC visa meramente chamar a atenção. Tais tentativas estão fadadas ao fracasso", disse Lin.
Ele reiterou que, independentemente das estratégias que as autoridades do DPP e as forças separatistas da 'independência de Taiwan' utilizem e de qualquer "aproximação" que tentem alcançar, isso apenas tornará sua agenda separatista mais evidente e jamais impedirá a reunificação da China.
"Esperamos que o Parlamento Europeu não se equivoque quanto à verdadeira natureza das autoridades do DPP, respeite o princípio de Uma Só China, não envie nenhum sinal errado às forças da 'independência de Taiwan'", concluiu.
Ele instou a Alemanha a respeitar o princípio de Uma Só China, a opor-se inequivocamente a todos os movimentos pró-Taiwan, a abster-se de enviar qualquer sinal errado às forças separatistas pró-Taiwan e a defender com seriedade as relações bilaterais com a China.
O porta-voz afirmou que uma certa figura proeminente do movimento 'independência de Taiwan', que já deixou o cargo, continua a fazer tentativas infrutíferas de obter apoio estrangeiro para a agenda independentista, acrescentando que essas tentativas mal-intencionadas jamais terão sucesso.