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Japão não tem direito de comentar despesas de defesa da China, diz porta-voz da chancelaria

Fonte: Xinhua    17.12.2025 13h25

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, disse em uma coletiva de imprensa regular na terça-feira que, como um país com histórico de agressão, o Japão não tem o direito de comentar as despesas de defesa da China.

Guo fez a declaração em resposta às observações do ministro da Defesa do Japão, Shinjiro Koizumi, sobre os gastos militares da China.

"A parte japonesa fez acusações infundadas e falsas contra o desenvolvimento legítimo da defesa da China. Esse ato foi extremamente vergonhoso", disse Guo.

Observando que a China tem o melhor histórico entre os principais países no que diz respeito à paz e à segurança, Guo afirmou que o aumento dos gastos de defesa da China é legítimo e legal. Segundo ele, isso é necessário para que a China responda a desafios de segurança, proteja interesses nacionais legítimos e cumpra melhor suas responsabilidades e obrigações internacionais como um grande país.

A parte japonesa, com um histórico ruim de agressão, não está em posição de fazer comentários tão irresponsáveis, disse Guo.

Devido ao terrível e imensurável histórico de agressão, as iniciativas do Japão nas áreas militar e de segurança têm sido acompanhadas de perto por seus vizinhos asiáticos e pela comunidade internacional, afirmou o porta-voz. No ano fiscal de 2025, as despesas de defesa per capita do Japão e as despesas de defesa por pessoal de defesa foram, respectivamente, três vezes e mais de duas vezes as da China, disse ele.

Guo destacou que, nos últimos anos, o Japão vem reestruturando suas políticas de segurança e defesa e aumentando seu orçamento de defesa por 13 anos consecutivos, com um salto de cerca de 60% nos últimos cinco anos. O Japão também flexibilizou as restrições ao exercício do direito de autodefesa coletiva, desenvolveu a chamada "capacidade de atacar bases inimigas", revisou os princípios sobre exportações de armas, fortaleceu a cooperação em dissuasão estendida e tentou revisar seus três princípios não nucleares.

O Japão afirma defender o princípio exclusivamente defensivo e a estratégia de defesa passiva, mas, na realidade, viola claramente as obrigações como país derrotado estabelecidas na Declaração do Cairo e na Proclamação de Potsdam, e vai contra os compromissos assumidos em sua Constituição, disse Guo.

"Quem está expandindo o acúmulo militar? Quem está tentando interferir nos assuntos internos de outros países pela força e desafiando seus interesses centrais? Quem está ameaçando a paz e a estabilidade regionais? Os fatos são cristalinos para que todos possam ver", disse Guo.

As tentativas do Japão de remilitarizar-se em um ritmo mais acelerado voltarão a levantar questionamentos sobre para onde o Japão está caminhando, disse Guo, observando que todos os países amantes da paz devem permanecer em alerta máximo, frustrar firmemente qualquer movimento perigoso que possa reavivar o militarismo japonês e, conjuntamente, defender os resultados arduamente conquistados da vitória na Segunda Guerra Mundial. 

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