Beijing, 21 jan (Xinhua) -- A queda dos preços do petróleo arrastou o comércio da China com a Arábia Saudita e o Irã no ano passado, mas o potencial de crescimento ainda pode ser explorado, afirmou na quarta-feira o Ministério do Comércio chinês.
Durante os primeiros 11 meses do ano passado, o comércio total da China com a Arábia Saudita caiu 25,2% anualmente para US$ 47,66 bilhões, enquanto o com o Irã baixou 34,6% para US$ 31,09 bilhões, disse o porta-voz do Ministério, Shen Danyang, em uma coletiva de imprensa.
A queda se deve principalmente à redução dos valores das importações, que foram puxados parcialmente pelas quedas dos preços do petróleo.
Durante o mesmo período, as exportações chinesas à Arábia Saudita aumentaram 6,4% para chegar a US$ 19,75 bilhões, enquanto as importações diminuíram 38,2%, com um valor total de US$ 27,91 bilhões.
As importações chinesas do Irã registraram uma forte queda de 41,6% para US$ 14,91 bilhões.
Shen atribuiu a queda registrada no comércio com o Irã à desaceleração da economia global e a persistente debilidade dos preços do petróleo.
A Arábia Saudita é a maior fonte do petróleo bruto para a China. Entre janeiro e novembro, o país asiático importou 46,09 milhões de toneladas de petróleo da Arábia Saudita, que representaram 15% da importação total e um aumento anual de 2,08%.
Segundo Shen, os dois países também estão explorando a cooperação em outros setores diferentes ao petróleo, como as finanças, as novas fontes de energia e a tecnologia espacial.
O Irã, outro importante exportador petrolífero, contribuiu com 8% do total das importações chinesas de petróleo no mesmo período.
Apesar da queda do comércio total no ano passado, Shen indicou que vê um grande potencial na cooperação comercial entre a China e o Irã com base em uma relação amistosa e de benefício mútuo.
O comércio da China com o Egito se manteve forte em 2015. Durante os primeiros 11 meses, a China fez exportações no valor de US$ 10,75 bilhões, um aumento anual de 12,2%. O volume total do comércio bilateral subiu 10,4% para US$ 11,64 bilhões.