Estas inclusões sonantes na liga chinesa coadunam somas milionárias com presenças numa das seleções nacionais mais sonantes do mundo:

Ramires (28 milhões de euros), Goulart (15 milhões), Paulinho (14 milhões), Gil (8,5 milhões), Guto (8 milhões), Jucilei (6 milhões), Kléber (5 milhões), Jádson (5 milhões), Tardelli (5.5 milhões).

Com este volume de gastos, a qualidade naturalmente reflete-se em campo.

O investimento massivo da China em atletas brasileiros tem despoletado a atenção do público. O Corinthians, campeão brasileiro, viu metade do seu esquadrão fazer as malas para a liga chinesa.

O abandono de Ramires da Europa fez correr muita tinta não só na imprensa chinesa mas também na europeia.

A BBC comentou que um jogador da qualidade de Ramires poderia manter-se a jogar na Europa ao mais alto nível até aos 32 anos de idade, sendo que na reta final da carreira poderia mudar-se para a China, por motivos essencialmente económicos. O sacrifício de um trajeto ao mais alto nível, ainda na faixa etária dos 20 anos e no auge da carreira foi uma decisão inesperada.

A imprensa brasileira também não é imparcial a esta tendência. Os meios de comunicação brasileiros vêm com maus olhos casos como o de Geuvânio - talentos jovens que sacrificam a hipótese de ir jogar na Europa ao mais alto nível preterindo esta opção para jogar na China. “Isto é uma afronta para o futuro da seleção nacional”.

Com esta migração de cada vez mais astros brasileiros para a China, há até internautas que comentam jocosamente: “O Dunga, por esta altura, já deve ter avisado os jogadores brasileiros para não atenderem chamadas que comecem por 86(código da China)”.