"Há fatores ruins. As 33 horas de voo para se apresentar, jogar num torneio não competitivo. O cara quando vai pra lá terá cobrança, tem de ter preparação diferenciada e quando tiver jogos da Seleção tem de vir um dia antes. E jogar na China dificulta o acompanhamento. isso é difícil para um jogador."
Estas foram as palavras de Dunga em dezembro do ano passado numa entrevista ao jornal Lance, onde deu a entender que não deverá convocar jogadores a atuar no futebol chinês.
A transferência recorde de 28 milhões de euros do internacional brasileiro Ramires, com 52 jogos pela canarinha no currículo, para o Jiangsu Suning protagonizou a mais estrondosa contratação do clã de atletas brasileiros cada vez mais numeroso no país asiático. O impacto reflete-se nos valores da transferência, na experiência e na presença assídua na seleção nacional.
De acordo com as estatísticas, após a “caça” aos atletas brasileiros no último ano, o número de jogadores daquele país a atuar na liga chinesa é já de 12. O investimento nestes jogadores totaliza 140 milhões de euros, cerca de um bilião de yuans.
Será que esta nova tendência fará com que o selecionador reconsidere a sua posição relativamente aos atletas a atuar na China?
Durante os últimos 20 anos de futebol profissional chinês, o Brasil tem sido uma das potências futebolísticas a exportar jogadores para a liga chinesa.
Porém, em 2010, quando o Guangzhou Evergrande deu entrada na liga, os jogadores brasileiros a ingressarem na liga chinesa passaram a ser negociados em milhões de dólares. Muriqui (5 milhões de dólares), Elekson (6.3 milhões de dólares) foram as primeiras contratações sonantes a deixar os fans perplexos.
Atualmente os negócios de jogadores brasileiros envolvem já as dezenas de milhões de euros.