Wang Jin, de 55 anos de idade, técnico de relógios antigos pertencentes ao património cultural nacional, trabalha na Cidade Proibida há 39 anos, cuidando diariamente das relíquias culturais ali presentes. Quando recebe um novo relógio, primeiro tira fotografias para registro e estabelece um plano de manutenção. Depois da desmontagem, limpeza, reparação, nova montagem e, por fim, testa os relógios até operarem devidamente, depositando-os de seguida no armazém.
O técnico Wang, juntamente com o seu aprendiz, Qi Haonan, foi ao Museu Nacional de Música da Holanda e ao Museu Britânico para estabelecer intercâmbios. Qi, que estuda com o mestre Wang há dez anos, diz que, para a reparação de relógios estrangeiros, que dependem mais da reparação de maquinaria, têm melhores tecnologias e uma experiência vasta. No estrangeiro existem escolas especializadas na reparação de relógios. Por seu turno, na China não existem ainda especialidades desta natureza, para desilusão de Qi.
Ao falar dos planos para o futuro, Wang disse que as práticas antigas devem manter-se. “Se for possível, gostaria de ajudar mais jovens a obter oportunidades para estudar no exterior. A Cidade Proibida coleciona milhares de relógios cujas reparações necessitam de ser operadas por técnicos experientes. Mesmo que a reparação seja consumada, são necessárias manutenções de rotina que também exigem um grande esforço. É um processo cíclico”, disse Wang.