G7: China apela ao fomento do ímpeto de crescimento económico na Ásia

Fonte: Diário do Povo Online    27.05.2016 09h18

Esforços promocionais devem ser levados a cabo pelas nações do G7 e do G20, diz Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês.

Da esquerda para a direita: Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, Presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker, Presidente francês François Hollande, Primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau, Chanceler alemã Angela Merkel, Presidente dos EUA Barack Obama, Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, Presidente do Conselho Europeu Donald Tusk e o Primeiro-ministro britânico David Cameron dirigem-se ao santuário Ise, no Japão, na quinta-feira, como parte das atividades do programa da cimeira do G7.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, apelou ao grupo das sete nações mais industrializadas na quinta-feira para trabalharem de perto com as economias do G20, de modo a fomentar o crescimento económico da Ásia.

O apelo surge 2 dias após a cimeira do G7 ter arrancado em Ise-Shima, no Japão.

Wang afirmou que o líder japonês deverá permitir que a cimeira do G7 se foque no desenvolvimento de nações diretamente envolvidas, ao invés de abordar “temas que não lhe dizem respeito”.

Wang prestou declarações numa conferência de imprensa em Beijing, no dia que marca a contagem decrescente de 100 dias para a cimeira do G20, que será realizada em Hangzhou, na província de Zhejiang, em setembro.

O ministro demonstrou a esperança de que o G7 – um fórum que delibera sobre a economia mundial – se concentre em questões económicas e financeiras de interesse mundial, ao invés da exacerbação de tensões regionais relacionadas com a problemática do Mar do Sul da China.

Independentemente das questões discutidas, o G7 deve tomar uma posição objetiva, ao invés de adotar uma dualidade de critérios. Não deverá diferenciar os seus aliados dos demais e inflamar as tensões regionais, disse Wang.

O ministro voltou a clarificar a posição da China na questão do Mar do Sul da China. Segundo ele, a China, em contraponto com a lei internacional, tenciona negociar com os países envolvidos para resolver as disputas através de meios pacíficos.

Os líderes do G7 abordaram que o abrandamento dos mercados emergentes aumenta o nível de instabilidade da economia global, tendo concordado em promover reformas estruturais para um maior crescimento.

Foi gerado um consenso no sentido de se dirigirem à questão do Mar do Sul da China de forma mais resoluta. Shinzo Abe disse que os líderes do G7 têm de canalizar os esforços internacionais no sentido de encontrar uma resolução para este problema.

A declaração a ser divulgada pelos líderes, na sexta-feira, deverá incluir o apoio do grupo aos “3 princípios de Abe” e do “Estado de Direito no Mar”, de acordo com a agência de notícias Kyodo. Ambos os conceitos foram apresentados no “Diálogo de Shangri-La” em Singapura, 2014.

Os conceitos avançados pelo líder nipónico referem-se ao facto dos Estados internacionais constatarem factos de acordo com a lei internacional, ao não uso da força, ou coação, para fazerem valer as suas alegações, e ao uso de meios pacíficos para a resolução de disputas.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Hua Chunying, disse na quinta-feira que os procedimentos de resolução de disputas da Convenção das Nações Unidas no que diz respeito à Lei Marítimas, não se aplica à questão do Mar do Sul da China, que é, na realidade, uma disputa territorial.

Hua reiterou que a China não irá aceitar quaisquer regulamentos injustos ou inválidos relativamente a esta questão. 

(Editor:Juliano Ma,editor)

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