O Birô dos Assuntos Marítimos de Sanya, na província chinesa de Hainan, emitiu ontem (3) um alerta sobre a navegação no Mar do Sul da China. Segundo o alerta, entre as 8h00 do dia 5 e 8h00 do dia 11 de julho, a marinha chinesa irá realizar uma manobra militar nas águas das ilhas Xisha, onde será proibida a navegação de qualquer barco.

Por causa das proximidades da data da manobra com o anúncio da arbitragem sobre o Mar do Sul da China iniciada pelas Filipinas, os veículos de imprensa estrangeiros interligam os dois assuntos.

Segundo o jornal Global Times, as ilhas Xisha são territórios chineses e, por isso, exógenos a qualquer disputa. A manobra da marinha chinesa nas águas relevantes é razoável e legal, disse o jornal. O especialista chinês de assuntos militares, Li Jie, disse que isso demonstra o não reconhecimento chinês do caso de arbitragem do Mar do Sul e a vontade do exército chinês de salvaguardar a soberania do mar.

O alerta de navegação feito pelas autoridades de Sanya foi emitido em chinês e inglês, não revelando a dimensão e modalidades da manobra. Segundo a Reuters, as coordenadas anunciadas pela China cobram todas as águas das ilhas Xisha, e a manobra de 7 dias será realizada antes do dia 12 de julho, data em que o tribunal de arbitragem anunciará o resultado.

No dia 30 de junho, vários navios de guerra da China ficaram ancorados no porto militar de Sanya, incluindo o contratorpedeiro “Shenyang”, contratorpedeiro “Ningbo” e a fragata “Chaozhou”. Segundo o Ministério de Defesa Nacional da China, a manobra é um exercício regular da marinha chinesa conforme o plano anual.