Beijing, 21 jul (Xinhua) -- Por mais de uma década, a China e a Associação das Nações no Sudeste Asiático (ASEAN) têm se dedicado a lidar com os assuntos sobre o Mar do Su da China através de seus próprios mecanismos, e progressos têm sido atingidos.
Por tanto, a recente sentença de um tribunal não deve nem vai estar em meio aos êxitos continuados.
Em 2002, a China e os países membros da ASEAN assinaram a Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar do Sul da China (DOC, em inglês), que serve com a base comum para os lados relevantes explorarem a resolução pacífica das disputas.
Durante anos, a China e os membros da ASEAN têm mantido a comunicação estreita e efetiva e têm chegado a muitos consensos. Eles estão impulsionando as consultas no Código de Conduta no Mar do Sul da China (COC) sob a estrutura da DOC.
Isso sugere que a China e a ASEAN são mais que capazes de lidar com suas diferenças de forma madura, com o apoio de canais e mecanismos necessários.
No dia em que a sentença foi anunciada, os membros da ASEAN, incluindo a Tailândia, Malásia e Indonésia, emitiram comunicados destacando a implementação completa e efetiva da DOC, conclusão mais cedo do COC, respeito pela lei internacional e diálogos, negociações e consultas saudáveis.
O Camboja, no mesmo dia, reiterou sua posição de não apoiar a sentença de arbitragem.
O premiê do Laos, Thongloun Sisoulith, disse dias depois que o Laos apoia a posição da China sobre a questão do Mar do Sul da China, e está disposta a trabalhar com a China para manter a paz e a estabilidade na região.
É compartilhada a aspiração da China e da ASEAN para fazer do Mar do Sul da China uma região de paz, estabilidade e desenvolvimento, e elas têm a capacidade e a maneira para alcançar o objetivo.
O compromisso da China e ASEAN à DOC e a resolver as disputas através de consultas e negociações amistosas pelos países diretamente relacionados deve ser respeitado. Não há absolutamente necessidade de qualquer terceira parte interferir.
Em 1991, a China e ASEAN estabeleceram as relações de diálogo. Durante os 25 anos, os dois lados têm impulsionado um laço muito robusto e vibrante, com a cooperação levando benefícios práticos a uma população combinada de cerca de 2 bilhões.
A China é atualmente o maior parceiro comercial da ASEAN e a ASEAN é o terceiro maior da China. O volume comercial aumentou de US$ 8 bilhões em 1991 a US$ 472 bilhões no ano passado.
É a cooperação e o benefício mútuo, em vez de disputas, que caracteriza a relação China-ASEAN.
A paz, segurança e estabilidade servem tanto as necessidades quanto os interesses dos dois lados, enquanto um Mar do Sul da China volátil não fará bem a nenhuma pessoa.
A China e a ASEAN devem trabalhar para aproveitar seu enorme potencial de cooperação e não deixar a sentença, que é na realidade ilegalmente compulsória, afetar o futuro crescimento dos laços.