Macau, 12 out (Xinhua) -- A Iniciativa de Cinturão e Rota da China contribui para fortalecer o relacionamento econômico com os países de língua portuguesa, disse o primeiro-ministro de Portugal António Costa na abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau).
Costa, que chegou a Macau após uma visita oficial de cinco dias a Beijing, assinalou que a China atribuiu grande importância às relações com todas as partes do mundo. A Iniciativa de Cinturão e Rota é um exemplo importante que é apoiada por Portugal.
"Portugal espera participar da construção da nova Rota da Seda Marítima, e aproveitar sua posição estratégica na Europa e Oceano Atlântico, como por exemplo o Porto de Sines, para aprofundar a conexão entre Ásia, Europa, África e América do Sul", acrescentou ele.
A conferência de dois dias tem como tema "Rumo à Consolidação das Relações Econômicas e Comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa: Unir Esforços para a Cooperação, Construir em Conjunto a Plataforma, Partilhar os Benefícios do Desenvolvimento".
Estabelecido em 2003, o fórum é patrocinado pelo Ministério do Comércio da China, organizado pelo governo da Região Administrativa Especial de Macau e tem a participação de sete nações lusófonas: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.
Costa acredita que, em meio à fraca recuperação da economia global, o fórum deve criar mais cooperação comercial. "Os países de língua portuguesa contam com 250 milhões de consumidores e representam 4,6% do PIB mundial. Eles também têm cultura diversificada e economias que se completam mutuamente. Eles desfrutam relações estreitas com a União Europeia, União Africana e Associação das Nações do Sudeste Asiático", afirmou ele.
Portugal tem cooperação muito estreita com a China em energia reciclada, proteção ambiental, desenvolvimento marítimo e turismo. Muitos investidores chineses foram a Portugal e investiram em setores de energia e finanças.
Costa disse que o Fórum de Macau pode desempenhar um papel importante para promover a cooperação global neste mundo mutuamente dependente, mas também ferozmente concorrido. Portugal deseja apoiar o fórum e suas iniciativas para promover o desenvolvimento comum e a prosperidade da China e dos países lusófonos e de suas relações, acrescentou ele.