O porta-voz do MDNC, Yang Yujun, responde a questões durante uma conferência de imprensa de rotina na quarta-feira.
BEIJING, 2 de dez (Diário do Povo Online) - O Ministério da Defesa Nacional da China (MDNC), clarificou que a China não procura qualquer tipo de expansionismo militar com a construção da infraestrutura de abastecimento que se encontra a construir no Djibouti.
“A China está construindo um centro de abastecimento e logística com vista a reforçar a sua responsabilidade internacional, cumprir mais compromissos de ordem internacional e reforçar os seus interesses legítimos”, disse Yang Yujun, porta-voz do MDNC, numa conferência de imprensa de rotina a 30 de novembro.
O tópico surgiu após Fan Changlong, vice diretor da Comissão Militar Central, ter visitado o Djibouti nos dias 23 e 24 de novembro.
Durante a sua visita, Fan visitou uma embarcação chinesa que estava sendo reabastecida em Djibouti e conversou com o presidente do Djibuti, Ismail Omar Guelleh e com o primeiro-ministro Abdoulkader Kamil Mohamed.
Um relatório da Xinhua aponta que as conversações incluíram formas de intensificar a relação militar, entre outras áreas de cooperação.
Yang acrescentou que a China e o Djibuti concordaram em reforçar a cooperação militar em aspetos como formação de quadros, reabastecimento de embarcações durante missões de escolta, e participação em operações de manutenção da paz da ONU.
Todas estas tarefas incluem-se num esforço de promoção das relações China-Djibuti.
O centro de logística no Djibuti, cuja construção progride sem sobressaltos, irá ser usado essencialmente para guarnecer provisões a navios chineses que se encontrem em missões de escolta e de combate à pirataria no Golfo de Aden e na Somália, assim como em missões de salvamento em águas adjacentes, segundo confirmou Yang.
“É fundamentalmente diferente das bases navais dos EUA. As nossas bases enfatizam interesses públicos internacionais”, frisou.