Fórum de Davos: Agendas da China, Brasil e Portugal na edição de 2017

Fonte: Diário do Povo Online    17.01.2017 09h34

Com a aproximação do Fórum Económico Mundial, o Diário do Povo compilou algumas informações relevantes sobre o evento, nomeadamente no que concerne à participação da China e dos dois países da lusofonia que irão também marcar presença (Brasil e Portugal, respetivamente).

A primeira vez que a China se faz representar pelo seu chefe de Estado é, por si só, um indicador da importância atribuída pelo gigante asiático ao evento prestes a ter lugar na Suíça.

Lu Kang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, comunicou à imprensa que o Presidente Xi Jinping irá aproveitar a ocasião para dar a conhecer as propostas e pontos de vista do país face à globalização da economia.

O presidente irá também prestar esclarecimentos perante a comunidade internacional relativamente a temas em destaque em torno do atual cenário económico chinês.

“A China está também disponível para, juntamente com todas as partes envolvidas, analisar e explorar as causas de problemas enraizados que assolam a economia global, de modo a que seja possível delinear um caminho rumo à recuperação”, disse Lu.

O Brasil este ano será representado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no Fórum de Davos.

O Ministério da Fazenda atribui a presença de Meirelles no Fórum, citando motivos relacionados com a importância do evento para a agenda internacional brasileira.

A Globo avança que o ministro será acompanhando pelo presidente do Banco Central e pelos homólogos da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

A fonte supracitada adianta que o ministro brasileiro irá apresentar no Fórum as reformas microeconómicas em curso no Brasil, visando colocar a economia do país no trilho da recuperação, juntamente com o sucesso alcançado pelo Presidente Temer na aprovação da proposta de emenda à Constituição, na qual foi fixado um teto para os gastos públicos.

A comitiva brasileira espera, assim, enviar um sinal positivo aos investidores externos.

Um integrante da equipe económica, em declarações ao jornal Estado de São Paulo, justificou a participação brasileira com a importância do evento no plano internacional: “...entendemos que a participação dele [Henrique Meirelles] em Davos é importante, porque o Brasil tem uma posição de liderança em organismos internacionais. O Brasil é um 'big player' que não pode dizer não para esse tipo de oportunidade, a não ser que houvesse uma crise muito grande”.

A Agência Lusa aponta que o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, irá marcar presença no Fórum de Davos, juntamente com o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o secretário da Indústria.

“O Fórum Davos é uma oportunidade muito importante para promover o nosso país junto de investidores, junto de líderes mundiais de algumas das maiores empresas mundiais e, nesse sentido, é uma oportunidade que Portugal estará lá para aproveitar”, afirmou o ministro da Economia.

Portugal, que já participara no Fórum no ano passado, atribui ao evento uma elevada importância no domínio da sua exposição ao mundo: “É importante para o país marcar presença nestes fóruns internacionais, porque também é aqui que se decide o futuro do mundo e que se decide os caminhos que o mundo e que a União Europeia vão trilhar, e é importante Portugal estar nesse debate e dar contributo”, prosseguiu Caldeira Cabral.

Com um ano de governo acumulado e com dados animadores, o ministro revela-se confiante face à mensagem que Portugal quer transmitir no Fórum: “Este ano vamos a Davos com uma mensagem mais positiva, de um país que está a sair de um problema de défice excessivo, uma mensagem do país que teve no terceiro trimestre do último ano o melhor crescimento da União Europeia, uma mensagem do país que também está a desenvolver políticas de atração de investimento, políticas de apoio ao empreendedorismo e às ‘startups'”. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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