Beijing, 28 jul (Xinhua) -- A China se adere a uma política externa independente de paz e está comprometida ao desenvolvimento pacífico e cooperativo, afirmou na quinta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang.
Lu fez o comentário em coletiva de imprensa em resposta aos comentários feitos pelo diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, Mike Pompeo.
De acordo com a imprensa, Pompeo qualificou a China, Rússia e Irã como grandes ameaças futuras para os Estados Unidos, e indicou a China como o mais grave desafio de segurança devido a sua "robusta economia" e ao seu "crescente poder militar".
Também disse que os espiões chineses conseguiram segredos comerciais e militares por meio da internet, assim como tecnologias dos Estados Unidos.
"Em sua lógica, qualquer que possua o poder econômico e militar mais forte se torna a maior ameaça para o mundo", mencionou Lu.
A China não ameaçará nem prejudicará os interesses de outro país, nem permitirá que outros países ameacem ou prejudiquem seus próprios interesses, acrescentou.
A chave deste assunto é ver as relações entre países desde a perspectiva de construir uma comunidade do destino compartilhado e abandonar a mentalidade de jogo de soma zero da Guerra Fria, mencionou Lu.
"Em relação às relações entre a China e os Estados Unidos, a cooperação é a única opção correta para ambos os países", comentou Lu.
De acordo com o consenso alcançado pelos chefes de Estado dos dois países, a China e os Estados Unidos devem manter o princípio de não conflito, não confrontação, respeito mútuo e uma cooperação de benefício compartilhado, além de garantir que as relações entre os dois países se mantenham bem e sejam estáveis.
O porta-voz declarou que a compra de companhias americanas por parte de empresas chinesas é uma atividade comercial normal, e disse estar convencido de que os americanos não façam coisas que prejudiquem os interesses de suas empresas.
A China se opõe com firmeza a qualquer tipo de espionagem cibernética e estabeleceu normas rigorosas para evitar ciberataques, afirmou Lu. A China quer cooperar com a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, para construir um ciberespaço pacífico, seguro, aberto e cooperativo, acrescentou.