Rio de Janeiro, 18 ago (Xinhua) -- As perdas causadas por roubos, furtos e atos de vandalismo, somados aos gastos com planos de seguro e segurança privada custaram mais de R$ 27 bilhões (cerca de US$ 8,44 bilhões) do faturamento das indústrias brasileiras em 2016, segundo um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O levantamento mostra que uma em cada três indústrias foi afetada pela violência que assola o país. De acordo com a pesquisa, 53% das empresas vítimas da violência avaliam que os prejuízos com os crimes atingiram até 0,5% do faturamento. Na média, as perdas representaram em 2016 o equivalente a 0,69% do faturamento, ou seja R$ 5,8 bilhões (cerca de US$ 1,81 bilhão).
Segundo a CNI, 57% dos entrevistados consideram que os crimes de roubo, furto ou vandalismo aumentaram na localidade onde a empresa está sediada, o que levou as industrias a reforçar os gastos com segurança privada e com a contratação de seguros.
"A contratação de segurança privada é maior entre as empresas da indústria extrativa. Nesse segmento industrial, 64% das empresas contrataram segurança privada em 2016", revelou o levantamento.
No setor de construção, a cifra foi de 56% e na indústria de transformação, de 54%. Em média, as empresas gastaram 0,64% de seu faturamento em serviços de segurança privada, o que, em 2016, correspondeu a US$ 3,28 bilhões.
O estudo da CNI constatou também que a falta de segurança tem consequência na decisão das empresas em ampliar ou investir em novas fábricas.
Entre os entrevistados, 3% afirmaram que a falta de segurança afeta considerável ou moderadamente as decisões de investimento. O percentual sobe para 47% entre os que consideram que a criminalidade cresceu nas localidades onde as fábricas estão instaladas.
O levantamento foi realizado com 2.952 indústrias de pequeno, médio e grande porte em todo o país.