Com o passar dos anos e com um maior intercâmbio académico com a parte continental da China, o perfil dos alunos e os estímulos para aprender o português também mudaram.
“As motivações são diferentes. Os alunos de Macau preferem exercer a sua profissão em Macau. Os alunos do resto da China geralmente têm a motivação de estudar português devido à elevada taxa de empregabilidade e por ficarem capacitados a trabalhar no exterior”, explica.
A progressiva presença da lusofonia no cenário internacional, encabeçada pela economia brasileira, que, juntamente com a China, é parte integrante do BRICS, leva a que a procura por cursos da língua seja cada vez maior.
Com efeito, a China aloja atualmente, com relativa dispersão geográfica, mais de 30 instituições de ensino superior com oferta educativa do português. “Temos alunos que vêm da Mongólia Interior, de Pequim (…) e de várias proveniências”, constata, em referência aos vários alunos com formação base na parte continental, que se dirigem a Macau em sede de licenciatura ou de cursos de pós-graduação.
Tanto o governo central como o executivo local “têm dado bastantes incentivos ao ensino da língua. Existe já uma experiência do ensino do português consolidada (…) muitos dos cursos permitem a ida a Portugal ou a outros países lusófonos por períodos de um ou mais anos”.