BUDAPESTE, 30 de nov (Diário do Povo Online) – A China e Hungria assinaram 11 acordos para promover a cooperação em áreas tais como comércio eletrônico, turismo, educação e cidades inteligentes, durante a primeira visita feita pelo primeiro-ministro Li Keqiang ao país europeu na condição de chefe de Governo, na terça-feira (28).
A assinatura foi testemunhada por Li e seu homólogo húngaro, Viktor Orban, à qual se seguiu a participação na 6ª Reunião dos Líderes do Governo da China e dos Países da Europa Central e Oriental (OCE) em Budapeste, capital da Hungria.
Os dois líderes têm vindo a manter intercâmbios frequentes, sendo que Orban foi recebido por Li em Beijing, em maio, quando visitou a China e participou no Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional. A Hungria é também um dos três países com uma parceria estratégica abrangente com a China, seguindo o mesmo modelo da Sérvia e Polônia.
Li afirmou que a China, devido às dimensões do seu mercado, é um novo gerador de crescimento econômico, sendo que os dois países devem considerar o desenvolvimento um do outro como uma oportunidade.
O comércio bilateral sino-húngaro obteve um crescimento anual de dois dígitos no ano passado. Apesar da recessão econômica global, as importações chinesas provenientes da Hungria aumentarem em 20%, frisou Li.
Nos primeiros três trimestres deste ano, a China importou mais da Hungria do que exportou para aquele país.
A Hungria coaduna cerca de um terço dos investimentos chineses em países da Organização de Cooperação Econômica (OCE). Li garantiu que a China continuará a investir e criar mais empregos no país europeu, trazendo tecnologias avançadas e experiência de gestão, acrescentou Li.
No ano passado, o comércio bilateral aumentou em 10,1% para 8,89 bilhões de dólares, tornando a Hungria o terceiro maior parceiro comercial para a China na Europa Central e Oriental, de acordo com o Escritório do Conselheiro Econômico e Comercial na embaixada chinesa em Budapeste.
O primeiro-ministro húngaro referiu que o crescimento econômico da China, na ordem dos 6% a 7%, indica que o país tem, não apenas uma enorme capacidade de produção como a necessidade de importar mais produtos de outros países.
"As empresas chinesas fizeram investimentos em todo o mundo, e muitos países querem participar do crescimento econômico da China. A Hungria é o maior destino para investimentos chineses na Europa Central e Oriental, e ofereceremos um ambiente atraente para os investidores", disse Orban.