Beijing, 3 mar (Xinhua) -- Cinco anos se passaram desde que a China escolheu pela última vez seus líderes de Estado.
Quando quase 3 mil representantes se reunirem para a primeira sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN), eles votarão e definirão um novo grupo de liderança de Estado, incluindo o presidente.
Além de eleger o presidente, a 13ª APN escolherá também o vice-presidente, o presidente da Comissão Militar Central, o presidente do Supremo Tribunal Popular, o procurador-geral da Suprema Procuradoria Popular e membros do Comitê Permanente da APN.
O devido processo deve ser observado. A presidência da sessão da APN elabora uma lista de nomeados e a apresenta às delegações para discussão até que uma lista final de candidatos seja definida com base na opinião da maioria.
Os métodos eleitorais serão decididos na sessão da APN.
A China não usa o modelo de democracia de plebiscito. Os representantes eleitos para a APN tomam decisões a nível nacional em nome do povo. Os representantes são de meio período, vêm de diversas realidades e não formam nenhum grupo político ou facção.
O cientista político canadense Daniel Bell afirma que a democracia de estilo ocidental funciona melhor em pequenas comunidades onde os assuntos são mais fáceis de se entender e os eleitores conhecem os líderes que estão escolhendo pessoalmente.
Como um modo de escolher um líder nacional para um enorme país, a meritocracia chinesa oferece uma alternativa para o gargalo político e o populismo, disse Bell, diretor da escola de política e administração pública da Universidade de Shandong.
Além da eleição de líder de Estado, a APN também definirá uma nova formação do gabinete. A Constituição diz que o primeiro-ministro do Conselho de Estado (gabinete chinês) é nomeado pelo presidente. A APN decidirá a escolha.
Depois, o primeiro-ministro indica sua equipe -- vices-primeiros-ministros, conselheiros de Estado, ministros, auditor-geral e secretário-geral. Estas nomeações também precisam de endosso da APN.