Lisboa, 8 mar (Xinhua) -- A Câmara Municipal de Lisboa começou a remover na terça-feira todas as bicicletas pertencentes à empresa de compartilhamento de bicicletas oBike, pois a empresa não havia solicitado nenhuma licença municipal.
As bicicletas oBike prateadas e amarelas começaram a aparecer nas ruas de Lisboa no início de fevereiro e funcionavam no mesmo esquema da empresa concorrente, Gira. No entanto, menos de um mês depois, o conselho ordenou que a recém-chegada empresa encerrasse as operações.
"Lisboa é muito aberta e receptiva a esses tipos de projetos, mas quando começamos a ver as bicicletas deixadas no meio dos quarteirões ou em cima dos bancos nos parques, nos mostra que é importante que este tipo de atividade seja regulamentada", disse Miguel Gaspar, conselheiro da cidade para mobilidade, em uma entrevista ao jornal público na terça-feira.
A tecnologia dockless desbloqueia e libera as bicicletas a partir da digitalização de um código QR com um smartphone. O pagamento é feito através de um aplicativo e as bicicletas podem ser deixadas em qualquer lugar.
Entretanto, essa flexibilidade também pode ser considerada um problema. O aplicativo tem certeza de que a bicicleta foi devidamente devolvida desde que o código QR tenha sido digitalizado, mesmo que a bicicleta tenha sido jogada no meio da calçada ou colocada em uma árvore.
A prefeitura de Lisboa diz que foi forçada a agir depois de receber queixas de que bicicletas estavam bloqueando vias públicas e tornando-se um problema.
Os conselheiros deram à empresa oBike um prazo para remover suas bicicletas das ruas de Lisboa até a meia-noite de segunda-feira. Na terça-feira, a força policial municipal começou a confiscar as bicicletas que estavam nas ruas.
Lisboa não é a primeira cidade onde a empresa tem dificuldades. Lançada em Singapura no início de 2017, a oBike opera em 24 países e regiões do mundo, mas o regime foi banido em Amsterdã e suas bicicletas foram confiscadas em partes de Londres e em Melbourne, na Austrália.