WASHINGTON, 8 de abr (Diário do Povo Online) – As indústrias agrícola e pecuária norte-americanas estão apreensivas em relação ao futuro devido aos atritos comerciais entre a China e os EUA.
As preocupações centram-se particularmente no setor da carne suína, dado que a China é o terceiro maior importador deste produto.
Muitos dos empresários do setor do estado de Illinois, uma das principais bases de produção de carne suína do país, estão considerando se devem ou não continuar a aposta no gado suíno, pois o preço desta carne tem vindo a cair desde o início dos atritos comerciais.
Steve Warrick é um dos mais de dois mil produtores de carne suína do estado. Warrick, que até agora conseguia uma faturação anual de 40 mil dólares por ano, criando 400 porcos, preocupa-se com a contínua redução dos preços, no caso dos EUA perderem o mercado chinês de carne suína.
De acordo com Warrick, a fricção comercial lançada pelo governo de Trump com a China está prejudicando profundamente os norte-americanos que dependam dos mercados de exportação.
Warrick afirma que os colegas de profissão, tal como ele, desejam que os dois países possam atingir um consenso o mais brevemente possível.
Mais de um quarto dos produtos suínos produzidos pelos Estados Unidos, com um valor de 6,5 bilhões de dólares, foram exportados em 2017, dos quais um sexto rumou à China.
Chris Robinson, comerciante, disse que os preços de carne suína na bolsa de Chicago diminuíram para o nível mais baixo nos últimos 14 meses e podem continuar a cair.