Donald Trump responsabilizou a Rússia e a Síria por um suspeito ataque químico que vitimou mais de 40 pessoas, segundo declarações da Casa Branca na quarta-feira, tendo recusado a exclusão de um conflito militar direto com a Rússia.
A secretária para a imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, descartou a hipótese proposta pela Rússia de que o ataque de sábado em Douma, poderá ter sido falso e afirmou que Trump estaria ainda a considerar uma opção militar em resposta.
“A inteligência proposta, certamente apresenta um cenário diferente”, disse ela face à teoria do Kremlin. “O presidente responsabiliza a Síria e a Rússia por este ataque de armas químicas”.
Acredita-se que Trump poderá estar considerando ataques de mísseis contra as infraestruturas relacionadas com a produção e distribuição de clorino e agentes de gás sarin. No entanto, muitas das estruturas militares Sírias mais sensíveis são protegidas por sistemas de defesa de mísseis russos ou localizados em bases onde agentes russos, iranianos e sírios coabitam.
Sanders recusou pôr de parte a possibilidade de um confronto militar direto com a Rússia. “Uma vez mais, todas as opções estão na mesa”, disse.
Porém, apesar dos tweets de Trump no início de quarta-feira que prometiam mísseis “bons e novos e inteligentes” a caminho da Síria, Sanders disse que “nenhuma decisão final havia sido delineada nessa questão”.
Moscou está em contacto direto com as Forças Armadas dos EUA sobre a situação na Síria, disse na quarta-feira o chefe da câmara baixa do comitê de defesa do parlamento russo à agência de notícias Interfax, na quarta-feira.