Beijing, 5 jul (Xinhua) -- As próximas visitas do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, à Bulgária e Alemanha impulsionarão o desenvolvimento integral das relações China-Europa, assinalaram especialistas de destacados grupos de pesquisa.
Li realizará visitas oficiais à Bulgária e Alemanha e participará da 7ª reunião dos líderes da China e dos países da Europa Central e Oriental em Sófia e realizará a 5ª rodada de consultas intergovernamentais entre a China e a Alemanha de 5 a 10 de julho.
A cooperação 16+1, um mecanismo de cooperação transregional voluntária entre a China e os países da Europa Central e Oriental, foi estabelecida em 2012 e conduziu a um rápido desenvolvimento do comércio e investimento.
O volume comercial entre a China e os 16 países da Europa Central e Oriental subiu para US$ 68 bilhões no ano passado, um aumento anual de 15,9%, segundo o Ministério do Comércio.
Cui Hongjian, diretor do Departamento de Estudos Europeus do Instituto de Estudos Internacionais da China, disse que a cooperação 16+1 de nível local tem um grande potencial para ser descoberta durante a visita de Li.
Além de identificar a cooperação 16+1 como uma parte inseparável e benéfica da cooperação China-Europa, Cui propôs que a experiência obtida da cooperação 16+1 seja promovida e aplicada ainda mais na cooperação com outros países europeus.
Liu Zuokui, diretor do Departamento de Estudos da Europa Central e Oriental do Instituto de Estudos Europeus da Academia Chinesa de Ciências Sociais, também concorda que o mecanismo de cooperação 16+1 contribuirá ao desenvolvimento da parceria China-Europa.
Cui também assinalou a crescente atitude positiva para a construção do Cinturão e Rota entre os países europeus e disse que as visitas de Li promoverão ainda mais essa tendência e a cooperação em outros âmbitos.
Enfatizando o importante papel dos países da Europa Central e Oriental na construção conjunta do Cinturão e Rota, Cui pediu a aplicação da experiência da cooperação 16+1 no marco do Cinturão e Rota.
Os especialistas também compartilharam grandes expectativas sobre as visitas oficiais de Li à Bulgária e Alemanha e a influência positiva que terão nas relações China-Europa.
Também ressaltaram o papel pioneiro da Bulgária no desenvolvimento de projetos agrícolas modelo sob o mecanismo 16+1 e o destacado papel da Alemanha no desenvolvimento dos laços China-Europa.
Liu disse que a Bulgária está melhorando atualmente sua infraestrutura, um âmbito em que a China tem muita experiência, o que resulta em um enorme potencial de cooperação.
Os interesses comuns da China e Alemanha garantiram bases sólidas e um futuro brilhante para a cooperação bilateral, disse Cui, acrescentando que se necessitam mais esforços para reforçar a cooperação em inteligência artificial e condução autônoma.
Na última sexta-feira, o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Wang Chao, destacou que, desde o estabelecimento da parceria estratégica onidirecional em 2014, as relações China-Alemanha mantiveram um impulso de desenvolvimento de alto nível, com frequentes visitas de alto nível e resultados frutíferos em economia, comércio, investimento, tecnologia, inovação e intercâmbios entre pessoas.
Wang também comparou as consultas governamentais entre a China e a Alemanha com um "supermotor" de promoção da cooperação bilateral prática em diversos âmbitos.
Como beneficiários da globalização e mecanismo multilateral, a China e a Europa devem estar mais firmemente unidas em crenças, princípios, políticas e ações para consolidar o sistema de livre comércio e o mecanismo de multilateralismo diante de desafios como o unilateralismo e o protecionismo, disse Cui.
Liu também avaliou que a visita de Li aumentará a confiança mútua entre a China e os países europeus e resultará em mais ações práticas para promover a cooperação China-Europa de multiníveis e amplo alcance, e salvaguardar a globalização.
Em seu 19º Congresso Nacional em outubro do ano passado, o Partido Comunista da China enfatizou que o país continuará com seus esforços para garantir a paz mundial, contribuir ao desenvolvimento global e defender a ordem internacional.
"A China e a Europa enfrentam os mesmos desafios e compartilham interesses comuns. A visita ajudará as duas partes a aproveitarem as oportunidades para transformar suas iniciativas e visões de cooperação em realidade", disse Cui.