Jiang Zengwei, chefe do Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China

Beijing, 1º set (Xinhua) -- A China receberá mais de mil representantes africanos de mais de 600 empresas, grupos empresariais e instituições de pesquisa na próxima conferência de empresários chineses e africanos.

A sexta edição da conferência que teve sua estreia no ano de 2003 é conhecida oficialmente como Diálogo de Alto Nível de Líderes e Representantes Empresariais China-África e será realizada de 3 e 4 de setembro como parte de uma série de conferências no âmbito da Cúpula de Beijing 2018 do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, em inglês).

"As solicitações para participar do evento superaram significativamente nossas expectativas", disse na sexta-feira Jiang Zengwei, chefe do Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China, em uma entrevista coletiva.

O número de inscritos da África será de 1.069, o que representa mais de metade do total. Estes são oriundos dos 53 países africanos que estabeleceram relações diplomáticas com a China, de acordo com Jiang.

São aguardadas para a ocasião 67 companhias da Fortune 500, e também pequenas e médias empresas, que abrangem tanto os setores tradicionais, como energia, finanças, agricultura, manufatura e infraestruturas, assim como as indústrias emergentes de internet e comércio eletrônico.

Jiang comentou que a cooperação entre China e África na industrialização, comércio e infraestrutura serão o tema principal da reunião.

A conferência também focará nas medidas para facilitar as exportações africanas e ajudar as empresas da África a integrar-se à cadeia de valor global, além de expandir o comércio sino-africano. A China vem sendo o maior parceiro comercial da África há nove anos consecutivos.

Serão realizados debates sobre planejamento, construção e gerenciamento de projetos de infraestruturas e sobre o financiamento de parcerias público-privadas (PPP), e mais esforços serão propostos para melhorar a infraestrutura no continente africano e para alavancar a integração econômica.

As economias chinesa e africanas são complementares e há um enorme potencial de expansão cooperativa, assinalou Jiang, dizendo esperar que as comunidades empresariais tanto chinesas quanto africanas estabeleçam uma cooperação de ganho recíproco de melhor qualidade e de nível superior.