
BEIJING,29 de mar (Diário do Povo Online) - A China não irá relaxar a proibição de importações de resíduos sólidos, após registrar um rápido declínio no ano passado, segundo um oficial do governo na quinta-feira.
Após o Conselho de Estado ter criado um plano de ação em julho de 2017 para banir a importação de resíduos sólidos para a China, o volume caíu em 46.5% em termos anuais, para 226.3 milhões de toneladas métricas no ano passado, de acordo com o Ministério da Ecologia e do Ambiente.
No que concerne à proibição enquanto “medida marcante” na jornada do país rumo ao progresso ecológico, Qiu Qiwen, líder do departamento de gestão de resíduos sólidos e químicos, afirmou que o ministério continuará os seus esforços para reduzir as importações, tanto em volume como em variedade, e fará tudo o que poder para atingir o alvo de zero importações até 2020.
Ele informou que a proibição do país é como “uma flecha que deixou o arco”, e não há modo de reverter o processo.
“A China não irá relaxar a proibição. Pelo contrário, irá aprofundá-la”, disse, em resposta a alguns relatos da imprensa que avançavam que a China poderia aligeirar as importações de lixo do exterior.
Os dejetos sólidos contêm geralmente elementos poluentes – perigosos até – que danificam o ambiente e a saúde da população, disse Qiu.
Ele rejeitou a visão de algumas empresas estrangeiras e associações industriais que afirmavam que a proibição da China não distingue entre recursos e lixo.
“Os meteriais resultantes do processamento indolor de resíduos sólidos não serão classificados como desejos sólidos, se forem ao encontro dos padrões de qualidade nacionais da China e não representarem riscos para a saúde pública ou segurança ecológica”, disse ele, acrescentando que tais materiais podem ser trocados por produtos gerais e que as suas importações não serão afetadas pela proibição.
A China começou a importação de resíduos sólidos na década de 80, quando eram considerados uma fonte de matéria-prima. Apesar da capacidade relativamente fraca para o seu tratamento, a China foi, durante anos, o maior importador. Algumas empresas trouxeram também ilegalmente lixo estrangeiro para o país para conseguirem lucros.
Face a um panorama de cada vez maior conscientização pública sobre a proteção ambiental e a ansiedade da população sobre a poluição, o governo central publicou um plano de ação em julho de 2017 para banir a importação de resíduos. Mas este incluiu uma exceção para os resíduos que continham certos recursos, caso não existisse uma alternativa doméstica.
Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online